Pensando Bem: santo ou pecador
Acompanhe o programa na íntegra de Frei Aldo Colombo
Preocupado em obter santidade e sabedoria, um jovem decidiu buscar inspiração junto a um mstre que morava no alto da montanha. A cabana era muito pobre e a refeição frugal. No dia seguinte iniciou seu aprendizado. A primeira tarefa : saísse sem pressa e procurasse um santo.
Passou-se muito tempo – cerca de cinco anos – e o jovem voltou desiludido: não encontrara nenhum santo. Encontrara pessoas respeitáveis, alguns sábios, pessoas de oração, homens mulheres que se dedicavam aos pobres. Mas sempre existiam falhas. Verificara pequenos indícios de orgulho, vaidade, impaciência... Eles não eram santos.
O mestre pediu outra tarefa – aparentemente mais fácil – encontrar um pecador. A lista das pessoas más era imensa. Mas a verificação mais atenta revelou que elas não eram totalmente más. A pesquisa durou outros cinco anos e o jovem retornou para confessar o fracasso. Explicou: encontrei pessoas que faziam o mal, mas não eram pecadores. Alguns eram ignorantes e não sabiam o que faziam, outros faziam o mal pensando que faziam o bm. Além disso: em algumas oportunidades faziam o bem.
E o mestre continuou: e tu, o que és? O discípulo respondeu: um pouco de tudo. Dentro de mim vive um santo, mas às vezes manifesta-se um pecador. Aprendi que não tenho o direito de julgar a ninguém, porque há algo de bom nas piores pessoas e algo de mal até nas melhores. Sorrindo com bondade, o mestre disse ao discípulo: terminou o aprendizado, você já adquiriu, santidade e discernimento e a capacidade de (não ) julgar as pessoas.
Na antiguidade, um filósofo persa, chamado de Mânes, elaborou uma teoria, depois transformada em religião. Para o maniqueísmo, a criação estava radicalmente, dividida entre o bem e o mal absoluto. Não havia meio ermo. Estes dois princípios viviam em constate luta. Como consequência, existiam pessoas totalmente más e outras absolutamente boas.
O maniqueísmo está bem vivo hoje. Eu e o meu grupo somos bons; os outros são maus. Jesus pede: não julgueis. E isto por duas boas razões: pouco conhecemos do mistério do outro e conhecemos muito bem as sombras de nossa vida.
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