Pensando Bem: o futuro do país
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Péricles foi o construtor da primeira democracia do mundo. O brilho do seu gênio tornou Atenas a capital politica e intelectual da época, há 2.500 anos. Os historiadores falam do Século de Péricles. Pela primeira vez um governante pensou numa estratégia para garantir o futuro sem depender das armas.
Numa oportunidade convocou uma assembleia de notáveis do país. Todos os grupos estavam representados. Ao abrir o encontro, Péricles percebeu uma ausência comprometedora: faltavam os professores. Onde estão os Mestres? E a assembleia foi suspensa até que chegassem os professores. Ele os acolheu dizendo: aqui se encontram aqueles que, com seu esforço e inteligência, transformaram e embelezaram a cidade e o país. Faltavam vocês que têm a missão mais elevada e importante de todas: a de transformar e embelezar a alma dos atenienses e assim garantir o futuro.
A grandeza de um país não se mede pelo PIB – Produto Interno Bruto – nem pela extensão territorial, nem por suas empresas, nem pelas armas. A verdadeira grandeza é a que procede da inteligência e do caráter. E neste sentido, toda a estratégia em relação ao futuro passa pela educação. Não se pode confundir educação com instrução. Nem se pode imaginar que toda educação passe pelas salas de aula
Educar não é apenas ensinar matemática ou o idioma nacional; não é apenas lembrar datas do passado. Educar é ajudar a construir a pessoa na sua totalidade: corpo, mente e espírito. Educar é moldar os corações. Educar é indicar o caminho da comunidade, que se forma pela partilha e aceitação dos outros, acolhendo a riqueza da diversidade.
Existem três poderosas fontes de energia, que iluminam a caminhada das novas gerações: Família, Escola e Igreja. Elas se ajudam e completam. Os pais são também mestres e catequistas. A autoridade dos pais é passada aos professores. A professora continua a obra iniciada pela mãe. Com seu carinho, a mãe é uma mestra que ensina na escola da vida. A professora é também uma mãe.
A referência maior para pais e professores se origina do Evangelho. Dentre todos os títulos dados a Jesus, o mais comum é o de Mestre. Ele jamais envelhece, nem é superado por novidades curiosas e irresponsáveis. Ele – só ele – é o Caminho, a Verdade e a Vida. Não se trata de uma tese religiosa. A realidade prova isso.
Frei Aldo Colombo
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