No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 22/05, Frei Aldo Colombo fala sobre as diferenças que tornam cada indivíduo tão único e especial:

"Numa tranquila propriedade rural viviam, lado a lado, um cachorro e um burro. Ambos eram úteis e apreciados pelo patrão, mas de maneira diferente. O cachorro vivia junto à porta do seu dono e era apreciado também pelas crianças. Seguidamente recebia afagos e seu alimento era especial. Algumas vezes até era-lhe permitido entrar na casa do patrão.

O burro também era muito bem cuidado pelo dono. Tinha um estábulo confortável, ganhava muito feno e muita aveia, mas em compensação tinha de trabalhar. Por vezes fazia uma longa caminhada até o moinho, com milho e trigo, outras vezes tinha de carregar pesados fardos, trazendo a colheita do campo para o paiol. Tinha de estar sempre disponível.

Secretamente o burro invejava a vida do cachorro, que só se divertia e, aparentemente, não era obrigado a fazer nada. A trabalheira ficava por conta dele, pobre burro. Ai, apoiado em sua inteligência, decidiu: vou me comportar como o cachorro e minha vida mudará para melhor. Vou fazer tudo o que o cachorro faz. Pensou e fez. Soltou-se do estábulo e entrou na casa. Aproximou-se do dono, saltitando como tinha visto o cachorro fazer. Mas como era um animal grande e desajeitado, acabou derrubando mesas e quebrando louça. Quando tentou pular para o colo do dono, os empregados acharam que ele enlouquecera e pretendia matar o patrão. Começaram a bater nele com varas até ele abandonar a casa e refugiar-se no estábulo.

Horas depois, todo dolorido, no curral, o burro chegou a uma conclusão: eu me dei mal, mas bem que eu fiz por merecer. Por que não fiquei contente com o que sou, em vez de copiar as palhaçadas daquele cachorrinho?

A lição desta parábola aplica-se às pessoas. Cada um de nós é diferente e carrega consigo diferentes dons. Ninguém tem todos os dons e ninguém é desprovido de qualquer dom. Isto é um convite para partilhar todos dons

Quase sempre o problema situa-se nas avaliações. Aumentamos nossas dificuldades e ignoramos os problemas dos outros. Se o cachorro de nossa história fosse consultado, ele diria que sua vida é dura, trabalha as 24 horas do dia, tem de enfrentar os inimigos do patrão, sua comida é feita de sobras e tem de suportar as brincadeiras das crianças. Férias? Nem pensar.

Todo o ponto de vista é visto a partir de um  ponto. Certamente há outros pontos de vista que merecem ser considerados".

Acompanhe o programa completo no link, "Escute a Notícia".