Confira o programa Pensando Bem desta segunda-feira, 22/01, com Frei Aldo Colombo:

“Numa escola infantil, a professora pediu às crianças que escrevessem uma carta ao Menino Jesus. O Natal ainda estava longe, mas era importante encaminhar os pedidos com antecedência, tendo em vista os atropelos de última hora.

Um menino nada pediu, tinha apenas uma curiosidade: fiquei sabendo que foi o senhor que escreveu o Pai Nosso. Você escreveu tudo de uma vez ou aos pouquinhos? Por esta e outras que Jesus garantiu: o reino dos céus é das crianças e daqueles que se parecem com elas. (Mt 19,14).

O Pai Nosso, mais que uma oração, é um jeito de rezar. É a síntese do Reino de Deus e uma entrega, sem medo, à sua Vontade, já que a Vontade do Pai é que seus filhos e filhas sejam felizes.

O Pai nosso é dividido em duas grandes partes: as coisas do Pai e as coisas dos filhos. Na primeira parte, acolhemos com alegria as coisas do Pai: o Nome, a Vontade e o Reino. Na segunda parte lembramos a nossa pobreza e pedimos o pão de cada dia, o perdão, a capacidade de perdoar e a força para superar as tentações e o mal que se apresentam de muitas formas.

Três realidades pertencem a todos: o Pai, o Pão e o Reino. Porque Ele é o Pai nosso, somos todos irmãos.

O pão também deve ser nosso, isto é partido e repartido, por isso pedimos apenas o pão necessário para um dia. O Reino também é nosso. È responsabilidade de todos.

Ao retornar para o Pai, Jesus entregou o Reino para nós. Eu fiz a minha parte, garante o Senhor, agora é tudo com vocês. A preciosidade do Reino é entregue às mãos frágeis e pecadoras de seus filhos e filhas. Após uma séria advertência, faz uma promessa consoladora: “No mundo tereis muitas tribulações, mas tende coragem: Eu venci o mundo” ( Jo 16,33 )

Rezar o Pai Nosso pode ser perigoso. No diálogo com o Pai, fazemos uma proposta: perdoai-nos assim como nós perdoamos! Se formos duros no julgamento e na cobrança aos irmãos, estamos sugerindo que Ele seja exigente conosco! Por isso devemos pedir a Ele o perdão e a capacidade de perdoar.

Porque somos pobres, temos o direito de pedir, mas não podemos esquecer o dever de agradecer. E em nossos pedidos, precisamos ter alguma prudência. Só devemos pedir aquelas coisas que cabem no Pai Nosso.

Além de oração, o Pai Nosso é uma profecia. Nós cremos que um dia, que pode estar longe, mas que irá acontecer, o Pai Nosso se tornará realidade sobre a face da terra”.

Acompanhe o programa completo no link, “Ouça a Notícia”.