No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 21/08, Frei Aldo Colombo fala que nunca é cedo ou tarde de mais para mudarmos. O passado não está mais ao nosso alcance, o futuro é uma possibilidade, nosso é o presente. E todas as coisas acontecem no presente:

“Cheio de talentos e de fé, um jovem rezava assim: Meu Deus, ajuda-me a mudar este mundo injusto. Ele tinha vinte anos. O tempo foi passando e, aos 40, resolveu assumir um projeto menos ambicioso: Meu Deus, ajuda-me a mudar minha esposa e meus filhos. Durante mais vinte anos lutou bravamente para chegar à conclusão que nada havia mudado no mundo e em sua família. Já com os cabelos brancos, mudou sua oração: Meu Deus, ajuda-me para que eu possa mudar.

O fato recorda a história de um nobre inglês que também pretendia mudar o mundo. Depois de anos reduziu seu projeto: queria apenas mudar a Inglaterra. Nem o mundo, nem seu país mudaram. Resolveu mudar sua família. Esta também não mudou. Em seu leito de morte lamentava-se: se eu tivesse mudado a mim mesmo, provavelmente, eu teria tido alguma influência positiva no mundo, em meu país e em minha família. Muitos querem mudar o mundo, mas partem de um ponto errado. Mudar a si mesmo é o necessário ponto de partida. De resto, seria pretensão mudar o mundo, mas é dever mudar a si mesmo.

Até determinada etapa da vida, muitos prometem: mais tarde. Depois de certa idade, há quem lamente: agora é tarde demais. É um erro aposentar os projetos. É erro também achar que agora é impossível. Os romanos antigos tinham uma divindade protetora do tempo que chamavam Opportunitas, isto é, a Oportunidade ou o Tempo Certo. Cada etapa da vida tem suas peculiaridades, mas o caminho é único. As pequenas escolhas de cada dia projetam a escolha principal.

Um provérbio árabe garante que quatro coisas não voltam atrás: a flecha disparada, a palavra proferida, a ocasião perdida e o tempo desperdiçado. A vida é vivida uma única vez. Nesta caminhada, a correção de rota deve ser uma constante. Isto passa pelas nossas escolhas, bem ou mal feitas. As escolhas que valem não são aquelas que fizemos no passado, mas as que fazemos hoje.

Se uma coisa é importante, não podemos deixar para amanhã. O tempo de Deus é hoje. O passado não está mais ao nosso alcance, o futuro é uma possibilidade, nosso é o presente. E todas as coisas acontecem no presente”.

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