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Pensando Bem: Mantenha a calma, por favor!

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Frei Aldo Colombo fala sobre o a importância de recuperar a tranquilidade para poder agir com sabedoria

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 20/03, Frei Aldo Colombo explica a importância de manter a calma e recuperar a tranquilidade antes de tomar qualquer decisão:

“Existem aqueles dias em que nada dá certo. A pessoa fica à beira de um ataque de nervos. Muitas vezes, as pessoas que nada têm a ver com o problema acabam recebendo as sobras. Quase sempre a família é envolvida pela tempestade causada pelo mau humor. A pessoa irritada acaba criando um clima de guerra, se alimenta mal, dorme mal, com possibilidades de tornar-se estressada.

No filme Dia da Fúria, Michel Douglas extravasa sua raiva quebrando tudo o que está pela frente. Seria até uma boa ideia, caso não existisse o risco de ser preso ou de ter de arcar com os prejuízos dos estragos. Na cidade norte-americana de Dallas surgiu uma possibilidade melhor, a Sala da Raiva. Por uma pequena quantia – cerca de 25 dólares – a pessoa pode quebrar tudo o que tem pela frente: móveis, telefone, televisor, computador, portas de vidro, louças.. O acesso de fúria tem um tempo determinado: apenas cinco minutos. Mediante outros 75 dólares, a pessoa pode prolongar o quebra-quebra por mais meia hora. No fim da terapia, o cliente pode levar um vídeo de seu desempenho. Outra instituição parecida atende pelo nome de Ginásio dos Desabafos.

Existem maneiras melhores e mais saudáveis para readquirir a calma. Já os antigos recomendavam contar até cem ou mesmo até mil, antes de assumir uma postura violenta. Vale também a sugestão de dormir sobre o problema, deixando para o dia seguinte a decisão. Quase sempre a pessoa muda de atitude e se torna mais razoável.

O ritmo de muita gente, hoje, beira à loucura. O número de compromissos, a urgência em decidir, o excessivo tempo de trabalho, as noites mal dormidas, a busca de alívio na bebida acabam colocando os nervos em frangalhos. A pessoa, neste caso, precisa programar melhor sua vida, distribuindo melhor o tempo, fazendo uma escala de prioridades.

Melhor que a Sala da Raiva é, por exemplo, uma longa caminhada após expediente ou, pelo menos, no fim de semana. Outros combatem a tensão indo pescar, ouvindo música, assistindo um filme ou fazendo pequenas atividades no jardim. Ajuda a terapia também uma conversa franca com os envolvidos pelo problema. A palavra tem um valor medicinal e os familiares podem ajudar na recuperação da tranquilidade. Um provérbio chinês lembra que três coisas não podem ser recuperadas: a flecha disparada, a ocasião perdida e a palavra proferida.

O fato de gritar não prova que a pessoa tenha razão. Fale com voz tranquila e ouça as ponderações dos outros. A calma é sempre importante e precisa ser assumida, sobretudo, nas decisões mais difíceis. Não derrube pontes, pois pode precisar delas. Pense no dia seguinte. Crie espaços de silêncio e peça que Deus o ilumine. Evite supor que você é perfeito, admita os erros e – se for o caso – ria de si mesmo. Lembre, você não está procurando culpados, mas a solução. E existem três pontos de vista: o seu, o ponto de vista do outro e o ponto de vista certo". 

Acompanhe o programa completo no link, "Escute a Notícia". 

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