Pensando Bem: Achados e Perdidos
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Gigantesco formigueiro humano, São Paulo situa-se entre as 10 maiores cidades do mundo. Sua população é de doze milhões de habitantes. Se levarmos em conta área metropolitana, sua população chega a 22 milhões. Neste formigueiro, onde todos andam depressa, não faltam as galerias subterrâneas. É o metrô.
Inaugurado em 1974, com suas seis linhas, o metro possui 84 estações e faz um percurso de 96 quilômetros. O intervalo entre os trens é de apenas 99 segundos. Diariamente , o metrô da capital paulista transporta quatro milhões de passageiros.
Na Estação da Sé, acha-se a secção de Achados e Perdidos. Ali acabam os mais diferentes objetos esquecidos, alguns um tanto curiosos. É o caso de cadeiras de rodas, muletas, bicicletas, micro ondas, mochilas, muitos celulares e guarda chuvas. Há também peças de vestuário, dentaduras, documentos, carteiras, com ou sem dinheiro. Destaque especial para os livros: os sucessos editoriais chegam ao local cerca de um ano após o lançamento.
A cada ano são perdidos no Metrô cerda de 70 mil objetos. Apenas 30% são recuperados. A administração faz triagens periódicas, não deixando que os achados superem a casa dos 350 mil. Uma senhora perdeu a papelada com que ia encaminhar a aposentadoria, um senhor perdeu os documentos de uma casa que havia comprado, uma carta de amor, escrita em 1943, foi recuperada e chegou às mãos de seu destinatário. Uma menina de quatro anos chegou a adoecer por causa de uma boneca perdida e – felizmente – recuperada.
Nos Achados e Perdidos não se encontram apenas objetos, mas histórias de vida e costumes. Santo Antônio é considerado o santo dos objetos perdidos. Bem que ele poderia nos ajudar a recuperar objetos perdidos e, muitos, não procurados.
É importante recuperar a vergonha, reencontrar a moral, a esperança perdida. De modo especial, nossos dirigentes precisam reencontrar a ética e o respeito pelas coisas públicas. Precisamos recuperar o valor da palavra dada, a seriedade dos compromissos matrimoniais, o respeito pela mulher, o diálogo transparente. Precisamos recuperar o cuidado com a educação, com nossas crianças, com os doentes e idosos. Precismos recuperar o cuidado com o Planeta. Precisamos todo recuperar a ligação entre Fé e Vida.
Frei Aldo Colombo
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