Pensando Bem: se eu pudesse voltar atrás
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Enfermeira especializada em doentes terminais, Bronnie Ware publicou uma obra com grande aceitação nos Estados Unidos. Título do livro: Os cinco maiores arrependimentos de pacientes terminais. Durante anos cuidando de pacientes próximos da morte, Bronnie aponta os cinco maiores arrependimentos de doentes no última fase da vida. Ela aponta cinco arrependimentos ou as cinco coisas que gostariam de ter feito:
- Gostaria de ter sido fiel a mim mesma.
- Gostaria de não ter trabalhado tanto.
- Gostaria de ter expressado meus sentimentos.
- Gostaria de ter convivido mais com os amigos.
- Gostaria de ter sido mais feliz
Estes cinco pontos de vista poderiam ser resumidos numa frase: Eu gostaria de ter tido coragem de ter vivido uma vida fiel a mim mesmo, e não a vida que os outros esperavam de mim. Como vivemos em comunidade, é lógico o que as outras pessoas tenham influência em nossas escolhas. Mas elas não podem ser determinantes. Cada um de nós deve assumir as rédeas da própria vida. Isto enquanto é tempo e não na hora da morte.
A queixa de número cinco sintetiza as demais. Nascemos para a felicidade e toda a nossa vida se destina este objetivo. Ai entram em ação dois fatores: muitas vezes nos enganamos sobre a felicidade e outras vezes o grupo a que pertencemos tem influência decisiva. Não devemos desprezar a experiência e os pontos de vista dos outros, mas a vida é nossa, nós é que seremos felizes ou infelizes. Precisamos aprender com os erros, nossos e dos outros.
Para eles, pacientes terminais, esta análise chegou tarde demais. Para os outros – cada um de nós - é importante frear a corrida louca da vida e marcar encontro consigo mesmos. É isso mesmo que eu quero, isso mesmo que escolhi? Não há rua sem saída se admitimos a possibilidade de voltar atrás. Não teremos a possibilidade de escutar os comentários no dia de nosso enterro. Não podemos voltar atrás e anular nosso começo, mas podemos começar agora e preparar o fim que desejamos.
Somos pacientes terminais, mas tudo acontece no presente. É sempre tempo de refazer escolhas para não ficar lamentando - tarde demais - a vida que eu não vivi.
Frei Aldo Colombo
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