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Pensando Bem: A escolha entre o novo e o velho

Central de Conteúdo Unidade Garibaldi

Frei Aldo Colombo faz uma reflexão sobre a importância de valorizar as ideias respeitando o olhar de cada um

Foto: Divulgação

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 18/04, Frei Aldo Colombo fala sobre o valor de cada ideia:Eram duas aldeias, com interesses comuns, mas divididas por rio. A passagem de uma margem para outra ficava difícil. Uma barca se encarregava da travessia, mas nas enchentes era obrigada a suspender suas atividades. Um pioneiro chamou a si a tarefa de construir uma pinguela sobre o rio. Era precária, balançava muito, mas mesmo assim, foi recebida com festas. Agora era possível passar o rio mesmo nas enchentes. Passaram-se mais alguns anos e surgiu a ideia de uma ponte.

Nem todos concordaram com a ideia, mas o projeto foi adiante e um belo dia a ponte foi inaugurada. Agora, os habitantes das duas aldeias podiam passar de um lado para outro, sem dificuldades. Porém, o pioneiro que fizera a pinguela, desde o começo foi contra a ideia. Ignorou os benefícios da ponte e insistia que desfigurava a paisagem. E concluía suas reclamações dizendo: estragam o rio; estragaram o meu rio.

A mudança, quase sempre, é vista como inimiga. Sempre se fez assim, alegam alguns, para que mudar? A história da humanidade não caminha para trás. A barca, em seu tempo, era boa, a pinguela foi um avanço considerável. Mesmo assim, ninguém pode ser contra a ponte. A barca e a pinguela prepararam a ponte. Dom Helder Câmara lembrava: é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo.

A história humana não é um museu, mas um organismo vivo, uma caminhada em direção ao futuro. Entre o novo e o velho surgem algumas alternativas. Nem tudo o que novo é bom, nem tudo que é velho é bom. Nem tudo o que é velho é mau, nem tudo o que é novo é mau. O Evangelho fala do pai de família que tirou do seu baú coisas novas e velhas ( Mt 13,52)

A história das comunidades supõe a mudança. E a mudança precisa ser inteligente. Se é para mudar, que seja para melhor! Já Cícero dizia que, para continuar a história, precisamos conhecê-la. Para dizer o que virá, é preciso saber o que veio antes.

Na comunidade-igreja, há pessoas que têm saudades de pinguela do passado; outras preferem as barcas. Nas famílias, há pais que pretendem que seus filhos vivam e pensem da mesma maneira que eles. Mesmo bonito, aquele tempo passou. E os jovens vivem num tempo novo. Os valores são sempre os mesmos, mas os costumes passam.

Ninguém é dono da verdade, ninguém é dono do rio. A pinguela pode servir para fotos saudosistas, mas a ponte é mais prática e funcional. Cada um de nós vive um momento da história. Agradecidos deixemos que outros a continuem.”

Acompanhe o programa completo no link, “Escute a Notícia”.

 

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