Pensando Bem: tempo e amor na educação
Acompanhe todas as segundas-feiras os comentários de Frei Aldo Colombo
Acompanhe o programa Pensando Bem desta segunda-feira, 13/11, com Frei Aldo Colombo:
“Um automóvel importado estacionou em frente a uma loja de brinquedos, a melhor da cidade. O casal estava na faixa dos trinta anos. Ela estava coberta de joias e ele, provavelmente, devia ser um bem-sucedido executivo. Sem maiores comentários começaram a examinar os diversos brinquedos. Ali estavam sofisticados brinquedos eletrônicos, bonecas de todos os tamanhos, que falavam, choravam e riam, ursos, minicozinhas, complicados jogos de armar..Aparentemente nenhum dos brinquedos servia. Depois de muito pesquisar, dirigiram-se à vendedora.
Temos uma filha única, dez anos e ficamos fora de casa durante todo o dia, por vezes até meia-noite. Até mesmo nos fins de semana tempos pouco tempo para ela. Ela vive sozinha e sorri pouco. Queremos comprar, explicou a mãe, algo que a faça feliz, também quando não estamos. Sinto muito, sorriu a funcionária, mas nós não vendemos pais.
A vida moderna é cada vez mais complicada. Os compromissos aumentam e a pessoa é sugada pelos acontecimentos e a concorrência exige cada vez mais. Todos rodam em alta velocidade e não sobra tempo para coisas essenciais. A mulher é mais prejudicada por este estado de coisas. A dupla jornada é mais ou menos comum.
Os filhos são os grandes prejudicados com tudo isso. È natural que pouco sorriam, sobretudo na ausência dos pais. Não é incomum a revolta e a agressividade dos filhos. E os pais têm alguma dificuldade em entender: damos tudo a eles e eles não reconhecem.
Dar tudo não é apenas dar dinheiro, conforto, brinquedos. Nada substitui o amor e o amor supõe tempo, sobretudo nos primeiros anos. Mais tarde é possível que os pais arranjem tempo para os filhos, que não mais querem ouvi-los. Quando os pais, apesar da boa vontade, abandonam os filhos, há quem os adote. São os colegas, é a Internet e suas numerosas derivações. Pode até ser a droga.
Toda a pessoa tem o direito de realizar-se profissionalmente. No entanto, a realização maior da mulher, é ser mãe. E isto não é por um tempo, mas para sempre. E o amor dos pais não poderá ser substituído por nada. Nem pelo dinheiro, nem por brinquedos ou toda espécie de agrado. O amor exige tempo. E o tempo se torna necessário sempre, sobretudo nos primeiros anos. Trata-se de escolha, de prioridade. Ter sucesso na profissão é muito bom, ter sucesso na arte de ser pai e mãe é a suprema realização E não há substituto para os pais. Nem nas lojas, nem, no lar ".
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