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Frei Aldo Colombo faz uma reflexão sobre as dificuldades da vida como sendo uma oportunidade de recomeço e não de um fim

Foto: Divulgação

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 11/07, Frei Aldo Colombo fala sobre as contrariedades que surgem na vida e que devem ser vista como uma oportunidade de fazer diferente, uma nova história e um novo fim.

“Cerca de um quilômetro da pequena aldeia situava-se a casa dos Monges. Ali vivia um mestre com seus discípulos. Algumas árvores, um pequeno jardim, uma fonte e muitos pássaros. Tudo respirava paz. Uma pequena repartição da casa servia como igreja. Ali os camponeses iam rezar, externar suas alegrias e enxugar as lágrimas. Sempre deixavam alguns pães, maçãs e outros produtos da roça. Algumas vezes, os monges iam pregar em outras aldeias da montanha, demorando-se alguns dias. Numa destas viagens, o fogo consumiu a casa.

Solidários, os camponeses reuniram-se junto aos monges onde existira a casa, agora reduzida a cinzas. Era urgente reconstruir a habitação. As interpretações do fato eram diferentes.

Alguém opinou : deve ter sido um invejoso que colocou fogo. Deus devia ter cuidado da casa de seus pregadores, reclamou uma mulher. Um dos discípulos garantiu: nós fomos os culpados; Deus confiou-nos este lugar e não soubemos cuidá-lo.

Não entendo estas posições, ponderou o Mestre: estamos começando uma casa nova. É um novo ponto de partida. Perdemos o pouco que tínhamos, a partir de agora só temos a ganhar.

A vida está marcada por muitos acontecimentos, nem todos bons. As coisas favoráveis não nos questionam, mas reclamamos das contrariedades. E tentamos descarregar a culpa nos outros. Trata-se de ação de invejosos. Nem Deus fica fora das acusações: Ele deveria ter cuidado. Ou ainda: porque Ele permitiu isso? Um terceiro grupo afundou na culpa.

A ideia luminosa assume a alegria de recomeçar. Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos começar agora e fazer uma nova história e um novo fim.

O passado não é mais nosso. A luta mais inglória é brigar com o passado. Ele não está mais ao nosso alcance. Acusar os outros é uma maneira de eximir-nos da responsabilidade. O sentimento de culpa nunca vem de Deus. È uma inútil maneira de autopunição. Deus não é responsável pelos acontecimentos negativos. A solução ideal é começar de novo. O jogo ainda não terminou: bola no centro e maior empenho na luta.

Deus, que é Pai, não quer o mal. Pelo contrário, quer a felicidade de seus filhos e filhas. Porque é Pai, permite que recomecemos com aquilo que sobrou, por mais insignificante que seja. O apóstolo Paulo proclama: “ Tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28) Os erros sempre nos podem e devem ensinar a recomeçar com mais inteligência.

 

 

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