Acompanhe o programa “Um peregrino nos passos de Jesus” desta quarta-feira, 12/05, com Frei Clemente Dotti:

Transporte aéreo. Na minha viagem de 1997, foi a primeira vez que tive que me confrontar com a polícia aduaneira de Israel, em Roma. Se fosse sempre assim não viajaria mais, pois foi um encontro muito doloroso e com muito medo.

Todos em fila. Chegou minha vez para ser revistado. A língua por eles adotada era inglês, hebraico, italiano ou espanhol. Optei pelo italiano. Que sofrimento!

Aonde vai? Porque vai? Quem indicou o caminho? A mala é tua? E foi você que a fechou? Ninguém te teu algum pacote para levar para amigos? Porque estão com você pessoas de muitos lugares? Você os conhece? Que fazem no Brasil? Conhece alguém em Israel? Por favor, abra a mala. A mala de mão é tua ou emprestada? Deixe ver o que tem aí. Naquela época só tinha a máquina fotográfica. O policial mandou tirar as pilhas e entregá-las. Ainda não tinha terminado, apalparam e depois para o raio X. Já estava suando. Mas no final um consolo. Disseram-me: Desculpe, mas é para o bem de vocês, pois temos medo do terrorismo, sabe como é sempre pode haver alguém com bombas na mala ou na sacola.

Lembro que naquele ano de 1997, era arriscado viajar. Época de muitas contestações entre os palestinos e israelenses.

Chegando ao aeroporto Ben Gurion, nome de um dos maiores defensores do novo Israel, entramos numa fila e novamente, uma inspeção, mas mais branda e lá longe um cartaz em Português: ” Grupo brasileiro da Medina”. Era o nosso grupo e lá nos recebeu com muito carinho um brasileiro judeu chamado Alex que nos deu as boas-vindas a Israel.

Entramos no ônibus e as primeiras impressões, são as que mais marcam a primeira viagem: Estamos na terra de Jesus. Esta foi uma das viagens mais fantástica que fiz rumo a uma terra absolutamente desconhecida e numa terra onde a conquista, de cada palmo, foi com muito sangue.

Como vi o transporte aéreo de Israel

De 1997 a 2004, o aeroporto era muito pequeno e acanhado e com esteiras parecendo um aeroporto do interior. Em dois anos fizeram um aeroporto moderno e acho um dos aeroportos do mundo que conheço o mais lógico e confortável. Apenas na hora de se comer é uma dificuldade em se comunicar, mas todos puderam se alimentar".

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