Pensando Bem: em apenas seis dias
Baixar ÁudioAcompanhe o programa semanal de Frei Aldo Colombo
Em linguagem simbólica, a Bíblia narra a Criação ao longo de seis dias e “no sétimo dia, Ele descansou de todo o seu trabalho” ( Gn 2,2 ) Está ali o primeiro sinal da necessidade de descanso. Mais tarde surgiu o Sábado sagrado dos judeus e, com a revolução social, as férias começaram a fazer parte dos direitos dos trabalhadores. Hoje, as férias tornaram-se uma instituição para todos.
A sabedoria popular garante que em seis dias se trabalha mais do que em sete e, em onze meses se trabalha mais do que em doze. Férias não são sinônimos de ociosidade, um tempo de nada fazer. Embora em número cada vez mais reduzido, ainda existem os que gostariam de “vender” as férias com a finalidade de aumentar a renda. É um péssimo investimento.
O Sábado, a mais sagrada instituição judaica, foi instituído em favor do homem. Na escravidão do Egito, a jornada de trabalho, por vezes, chegava a 18 ou 20 horas em todos os dias da semana. O Sábado surgiu como oportunidade de algum descanso, de convivência familiar e vida religiosa. Esta instituição tornou-se opressiva e o próprio Jesus, algum vezes, a transgrediu em favor da pessoa. E explicou que Ele era Senhor do Sábado. Numa demonstração de que estavam acontecendo coisas novas, Jesus ressuscitou - não num sábado – mas no primeiro dia da semana. Este é o Dia do Senhor, o nosso domingo
Há os que usam as férias como demonstração de poder e luxo. Outros se contentam com coisas bem mais modestas. E não significa que sejam menos felizes dos que usufruem as mais badaladas praias do mundo. Felicidade não é um lugar para onde vamos, mas uma maneira de caminhar.
As férias também devem obedecer a um planejamento e devem levar em conta a realidade financeira da família. Nas férias cabem muitas coisas, inclusive o lazer. Devem ser também um tempo de descanso e qualidade de vida. É um tempo para cuidar da vida familiar. O ritmo de vida que todos levamos é muito tenso, por vezes provocando o estresse. Não há tempo para dialogar. Os esposos entre si, os pais com os filhos precisam conversar, dialogar sempre. Porém são as férias que propiciam o tempo favorável para isso. E a palavra tem propriedades medicinais. Em tudo deve vigorar advertência: faça com moderação. E não esqueça: não há férias na vida cristã.
Frei Aldo Colombo
Acompanhe o programa na íntegra clicando em escute a notícia.
Comentários