Como superar a Síndrome do Ninho Vazio
A psicóloga Cleide Debiasi explica como os pais devem encarar a fase em que os filhos saem de casa
No programa 'Psicologia e Você' desta terça-feira, 11/08, a psicóloga Cleide Debiasi explica como superar a Síndrome do Ninho Vazio.
A psicóloga diz que a primeira relação significativa do bebê é com um dos pais, ou ambos, uma figura que representa cuidado e atendimento das necessidades básicas, como alimentação e proteção de quaisquer agentes externos, além do preenchimento das necessidades emocionais, como afeto e amor.
À medida que a criança vai crescendo, explorando o mundo e suas possibilidades, testando seus limites e se deslumbrando, ou se frustrando, com as pequenas descobertas, começa o aprendizado que lhe permite adquirir autonomia e, gradativamente, a capacidade de cuidar de si mesma, sendo os adultos os principais responsáveis por orientá-la nas etapas naturais de individuação e independência. Isso significa que, aos poucos, a criança vai passando a depender cada vez menos dos adultos.
No processo natural da vida, os filhos crescem, adquirem autonomia, aprendendo a caminhar pelo mundo, vivem suas próprias experiências e a busca pela individualidade. Num belo dia, eles se casam ou viajam, vão estudar fora ou simplesmente querem o próprio cantinho, situações inerentes à história de todos. E o que isto pode significar para o pai, para a mãe ou ambos?
O segundo corte do cordão umbilical, feito então pelo filho, pode se transformar na síndrome do ninho vazio, que, apesar da denominação, não caracteriza um transtorno. Trata-se de uma crise passageira, mas que pode causar adoecimento, caso se prolongue e não seja tratada. No caso de a família ter se estruturado para a transição, essa será mais tranquila, mas ainda assim dolorosa. Porém, se os pais viveram apenas em função dos filhos, ao esquecerem de seus projetos e sonhos de vida, desenvolvendo em relação a eles uma dependência emocional, a separação esperada e necessária acabará se tornando fonte de sofrimento.
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