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Precisamos cuidar da Casa Comum

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No programa Pensando Bem, Frei Aldo Colombo fala sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2016

Foto: Divulgação

Frei Aldo Colombo falou no programa Pensando Bem desta segunda-feira, 08/02, sobre a Campanha da Fraternidade proposta pela igreja em 2016: Casa comum, nossa responsabilidade:

"Há cinquenta anos, ao sopro inovador do Vaticano II, surgiu a Campanha da Fraternidade como evangelização intensa no tempo da Quaresma. As primeiras campanhas visaram a reorganização interna da Igreja, depois os objetivos foram derivando para a realidade social e suas mazelas. O grande mandamento do Amor deve ser exercido também no tecido social da comunidade.

Para 2016, a Igreja nos propõe o tema: Casa comum, nossa responsabilidade. O Lema foi buscado no velho profeta Amós: Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual regato que não secou ( Am.5,24) O tema da ecologia já foi abordado em outras Campanhas da Fraternidade, de modo especial em 2004 - Fraternidade e água e em 2011: Fraternidade e vida no planeta.

O papa Francisco, que ao assumir o nome assumiu também as bandeiras de Francisco de Assis, em sua primeira Encíclica - Laudato Si - convoca toda a humanidade a lutar pelo planeta Terra. A poluição se situa entre os mais angustiantes desafios de hoje.

O saneamento básico -foco da CF - inclui os serviços públicos de abastecimento de água, manejo adequado dos esgotos sanitários, das

águas pluviais, dos resíduos sólidos e o controle de reservatórios e dos agentes transmissores de doenças.

As estatísticas são dramáticas. No mundo, um bilhão de pessoas fazem suas necessidades ao céu aberto, na América Latina, 120 milhões de cidadãos não têm acesso aos banheiros, cerca de 20% da população brasileira não têm acesso à água tratada. São comuns, no Brasil, os lixões a céu aberto. Menos de 30% do lixo é tratado de forma adequada.

Estes problemas devem ser creditados aos governantes de ontem e de hoje e aos empresários. Mas eles não são os únicos responsáveis. Todos somos pequenos ou grandes poluidores. Se existe a floresta, é preciso admitir a existência de árvores.

Todos podemos fazer alguma coisa, sobretudo participando nos debates que visam solucionar os problemas. Além disso, podemos e devemos poupar água, separar o lixo, manter o quintal limpo, depositar em local adequado pilhas, remédios vencidos e embalagens de agrotóxicos.

Esta problemática deve ser refletida nas administrações públicas, nas famílias, nas escolas e mesmo nas igrejas. Trata-se de criar nova relação com a Casa Comum. Não é suficiente denunciar. Como a poluição foi acontecendo aos poucos, é preciso mudar a mentalidade, repensar nosso estilo de vida e agir sem medo. Cuidar da Terra é um gesto de Amor aos irmãos e um ato de gratidão ao Criador."

Acompanhe o programa completo no link, "Escute a Notícia".

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