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Pensando Bem: quem são eles

por Grasiela dos Reis

Acompanhe o programa semanal de Frei Aldo Colombo

Foto: Divulgação

Uma pedra rolou de uma encosta, num temporal e acabou no meio de uma pista, onde passavam muitos carros. Os motoristas tinham que fazer uma perigosa manobra para continuar seu caminho, amaldiçoando os responsáveis por esta rodovia que não removiam a pedra. Um jornal fotografou a pedra, fez ampla reportagem e entrevistou as autoridade para saber a quem, cabia a responsabilidade de remover a pedra. À noite a TV retomou o assunto, ainda sem solução.

Um carroceiro, que não leu o jornal, nem viu a reportagem da TV, com uma estaca, usada como alavanca, removeu a pedra, colocando-a à margem e seguiu o seu caminho.

Existe, hoje, uma tendência de acusar os outros pelos problemas, esperando que outros os solucionem. Não é minha responsabilidade, dizem muitos. Assim os problemas continuam e se agravam. Ao lado dos maus, certamente uma minoria, existem muitos que se omitem. É a confraria dos braços cruzados, mas sempre disposta a acusar os outros. E se justificam: eles que criaram os problemas. Que os resolvam. Quem são eles? Certamente os outros.

Uma história fala de quatro irmãos, com nomes estranhos e simbólicos: Todo o Mundo, Alguém, Qualquer Um e Ninguém. Havia um trabalho a ser feito e Todo o Mundo acreditava que Alguém ia fazê-lo. Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém fez. Alguém ficou aborrecido com isso, pois entedia que a tarefa era responsabilidade de Todo o Mundo. Mas Todo o Mundo pensou que Qualquer Um poderia executá-la, mas ninguém imaginou que Todo o Mundo não o faria. E Todo o Mundo culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer Um poderia ter feito

À semelhança do carroceiro, muitos acharam que a tarefa poderia ser feita e a fizeram. É por isso que recordamos Francisco de Assis, Mahatma Gandhi, Luter King, Teresa de Calcutá, Dom Helder Câmara. Eles não ficaram esperando pelos outros. Assumiram com coragem e, por isso, muitos outros entraram em ação, empolgados por suas atitudes.

A confraria dos braços cruzados é numerosa e prejudicial. É bom lembrar que o maior homem do mundo morreu de braços abertos na Cruz. Muitos lamentam a escuridão. Isto é muito fácil. Inteligente é acender o primeiro fósforo.

Frei Aldo Colombo

 

Acompanhe o programa na íntegra no link escute a notícia.

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