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Pensando Bem: perdoar é sinal de inteligência

Central de Conteúdo Unidade Garibaldi

Frei Aldo Colombo fala que a vida é bela demais para ser empobrecida pelo ódio e pela amargura

Foto: Divulgação

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 05/06, Frei Aldo Colombo explica que

perdoar é varrer da memória o episódio que um dia nos machucou de forma tão cruel. E quando fazemos isso, recuperamos a paz:

“Depois de muitos anos, dois amigos voltaram a se encontrar. Haviam sido injustamente condenados e passaram dez longos anos na cadeia. Lá sofreram todo o tipo de maus tratos e humilhações por parte de um carcereiro sádico. Você ainda se lembra do carcereiro, perguntou um deles? Sorrindo, o colega respondeu: não lembro, eu esqueci aqueles sofrimentos, varri tudo da memória. Pois eu não esqueci, retrucou o outro, continuo a odiá-lo com todas as minhas forças. Que pena, observou o primeiro, se a situação está assim, você ainda está na cadeia, ela ainda o mantém preso.

O Evangelho é um livro repleto de sabedoria divina e humana. Um número impressionante de vezes, ele fala sobre o perdão. Precisamos sempre perdoar e pedir perdão. Mais ainda: ele explica que a nossa própria salvação passa pela porta do perdão. No Pai Nosso nós apresentamos uma proposta a Deus, uma proposta com duas possibilidades: perdoai- nos assim como nós perdoamos. A alternativa fica evidente: se não perdoarmos, não seremos perdoados. Uma vez que somos pecadores reincidentes, entendemos que a porta que nos abre a casa do Pai é a porta da misericórdia. Uma vez que não somos tão bons quanto quereríamos e seria necessário, a alternativa que nos resta é perdoar

Uma ofensa acontece uma vez. Quando não aceitamos esquecê-la – e isto supõe o perdão – a ofensa se repete a cada instante.

O dramaturgo inglês William Shakespeare usava uma comparação para ilustrar esta situação. Aquele que odeia pode ser comparado à pessoa pouco inteligente que a cada dia engole uma colherada de veneno, imaginando que o veneno fará mal ao inimigo.

Perdoar é um gesto inteligente em relação a nós mesmos. Perdoar é zerar a culpa, é assinar um tratado de paz com o fato, por mais doloroso que e tenha sido. Perdoar é varrer da memória o episódio que um dia nos machucou de forma tão cruel. E quando fazemos isso, recuperamos a paz. Quando recusamos perdoar, o episódio se renova a cada dia. Para ficarmos na história narrada, continuamos presos, continuamos na cadeia e o sofrimento se torna eterno.

Recentes estudos de caráter científico, por universidades norte-americanas, revelam que o ódio adoece as pessoas e dificulta a cura. Mais ainda a pessoa que odeia torna-se fisicamente, mais feia. Isto sem falar do amargor e mal estar que corrói sua vida.

A vida é bela demais para ser empobrecida pelo ódio e pela amargura. Deus nos indica o caminho do perdão. Por este caminho encontramos a paz. Perdoar e pedir perdão precisam situar-se no íntimo do coração humano. Mais ainda: precisamos perdoar a nós mesmos, os nossos próprio erros. E Deus, a própria perfeição, nos dá o exemplo: Ele apaga nosso pecado ( Sl 50, 11 ) Se Deus, que é Deus, perdoa sempre, quem somos nós para recusar o perdão?".

Acompanhe o programa completo no link, "Escute a Notícia".

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