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Pensando Bem: aquele que vem

por Grasiela dos Reis

Acompanhe o programa semanal de Frei Aldo Colombo

Foto: Divulgação

Em termos de Brasil e mundo, muitos lembram 2018 como um ano para esquecer. Deixa como herança uma confusa mistura de crises, sangue, lágrimas, fome, injustiça e desprezo absoluto pela vida. Exatamente por causa deste quadro de desesperança, suspiramos como nossos antepassados: maranatha, isto é, Vem Senhor Jesus! Vem devolver a esperança para uma humanidade cada vez mais sofrida, confusa e perdida. Aquele que vem nos livre da tentação de festejar o Natal, sem o Advento, isto é, sem a sua chegada. Seria um Natal genérico, pior ainda, um Natal falsificado, o legítimo Natal do Papai Noel, ícone do consumo e descriminação. Advento é abrir-nos para os misericordiosos caminhos do Senhor

Três figuras monumentais iluminam a parte da humanidade que ainda acredita no Natal de verdade: Isaias, João Batista e Maria. Do fundo da História – seis séculos antes – Isaias exorta: levantem a cabeça, acendam as luzes, o Senhor está perto! Ele tornará floridos os desertos e nas campinas o lobo e o cordeiro pastarão juntos. João Batista retoma o vigor de Isaias e proclama: Ele está no meio de vó!. Na humilde Nazaré, Maria pronuncia seu Sim e coloca em marcha a Redenção. Isaias proclama a Esperança, João Batista exorta olhar ao nosso redor e Maria coloca-se inteiramente à disposição do Todo Poderoso, Senhor até do Impossível.

Natal é deixar-se surpreender por Deus. Depois de sonhos milenares, Deus nos surpreende assumindo a figura de um Menino. Não entenderemos o Natal se não fizermos silêncio em nosso corações, abrir nossa alma ao mistério de Deus, que se aproxima de nós, acolher a vida que Ele nos oferece e saborear a festa da chegada de um Deus amigo. Em meio ao nosso viver cotidiano, muitas vezes enfadonho e triste, somos convidados à alegria. “ Não pode existir tristeza, quando nasce a Vida” dizia São Leão Magno.

Natal é festa, mas deve ser preparada. Jesus nasce, de novo, onde é acolhido. A nossa vida, à semelhança da pobre gruta de Belém , deve estar aberta às surpresas de Deus. A história , síntese das loucuras e misérias humanas, precisa tornar-se a História da Salvação. Seria muito triste se Ele tivesse nascido inutilmente. Mas não há nenhum caso perdido: o amor de Deus não volta atrás.

Frei Aldo Colombo

 

Acompanhe o programa na íntegra em escute a notícia.

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