Pensando Bem: No meu tempo
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No alvorecer da humanidade, Adão e Eva tiveram problemas com o filho Caim. Nada indica que este tipo de problema desapareça antes do fim do mundo. Pelo contrário, se acentua cada vez mais. E sempre haverá alguém lamentando: no meu tempo não era assim. É o eterno conflito de gerações. Para começar é bom lembrar que entre pais e filhos existe um abismo de, pelo menos, vinte anos.
E em vinte anos, o mundo muda. O que no passado acontecia em 50 anos, hoje acontece em seis meses. Os grandes inventos da humanidade têm cem anos ou menos. O plástico, o Raio Lazer, o avião, os satélites artificiais, a televisão, o Internet, a Penicilina, o celular, os transplantes cardíacos a Bomba são coisas recentes.
A revolução acontece em todos os setores. Num passado recente, a criança aprendia ver e ler o mundo pelos olhos dos pais, do padre e da professora. Hoje a Família, a Religião e a Escola têm cada vez menos influência na educação dos jovens. As crianças, hoje, são reféns, da televisão e do computador, com todos os seus derivados. São eles que dizem o que é certo e o que é errado, o que comer, o que vestir e mesmo como agir.
Como diminuiu radicalmente o tempo de convivência, os pais precisam qualificar sua presença e o diálogo. É um equívoco apelar para o “meu tempo”, pois os filhos partem da constatação de que o tempo deles é agora.
Educar, hoje, é difícil, mas não impossível. Chegar à conclusão que não é possível educar significa declarar a falência da civilização. Três palavras mágicas ajudam os pais no direito e dever de educação: Amor, Firmeza e Diálogo. Sem amor não se educa, no máximo se domestica. O amor não exclui a Firmeza que aponta limites. O Diálogo permite a aproximação das gerações.
Quando estas três palavras mágicas não conseguiram o resultado esperado, acrescente-se outra palavra: o Perdão. Depois recomece com Amor, Firmeza e Diálogo. A paternidade a Maternidade não são instituições provisórias para os primeiros anos. Ser Pai e ser Mãe é para sempre. De resto, a história humana não caminha para trás, nem para. Ele agrupa o Passado, o Presente e o Futuro.
Frei Aldo Colombo
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