No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 29/02, Frei Aldo Colombo fala sobre a leia da semeadura. O religioso explica que aquilo que semeamos, acabamos colhendo:

“Depois de passar dez dias com a família, uma mulher precisou retornar para assumir o trabalho na segunda-feira. Um familiar foi reservar a passagem para sexta-feira, mas não havia mais vagas. Foi necessário reservar a passagem para o sábado. Baseado em algumas suposições, o pai sempre pedia uma poltrona no corredor, no lado do motorista. Mas quem comprou a passagem não estava a par deste raciocínio. Acabou adquirindo a passagem para o lado direito do ônibus e numa janela. Para ele era a colocação perfeita.

A viagem terminou em tragédia. Caminho tortuoso, excesso de velocidade ou sono, o ônibus saiu da rodovia. Morrem 10 pessoas, entre elas, a nossa amiga. Se ela tivesse viajado na sexta-feira, nada teria acontecido, se ela estivesse viajando numa das poltronas do lado esquerdo ônibus, provavelmente não teria morrido.

A partir daí a interpretação dos fatos. Muitos apontam o destino como responsável. Estava escrito, dizem os muçulmanos. Desde que nasceu, sustentam os defensores deste ponto de vista, seu caminho estava traçado e acabaria em acidente rodoviário. Outros apelam para outro fator: azar. Estava no lugar errado, no mento errado.

Qual a possibilidade, por exemplo, que o mesmo número seja sorteado três vezes seguido, numa Roda da Fortuna de 100 números? Ou qual a probabilidade, num jogo de Bingo, dos números serem sorteados na mesma ordem em duas rodadas? Baseados no jogo de cartas e na roleta, alguém interrogou o físico, matemático e teólogo Blaise Pascal - 1623 -1662. A partir daí, surgiu a Teoria das Probabilidades, um complicado jogo de matemática, que nem sempre se aplica à vida real.

Sorte ou azar acontecem algumas vezes. É mais fácil entender a vida a partir da causa e efeito. Aquilo que semeamos, isto acabamos colhendo. Quem planta flores, colherá flores, quem semeia espinhos, espinhos colherá, quem nada semeia, nada colherá. No mundo acontecem milhões de coisas. Por vezes, um número impressionante de fatos positivos ou negativos se enfileiram, criando coincidências extraordinárias, mas não dirigidas.

Cada um vai construindo sua história. Paulo apóstolo fala que alguns edificam com ouro e outros com barro. Há causas e consequências. Se não forem removidas as causas, as consequências virão.

Deus criou o homem com inteligência, vontade e liberdade. Cada um toma as rédeas da vida. O resultado será lógico. Não existe o destino como Absurdo ou Fatalismo. Existe o Destino teológico. Fomos destinados para Deus. Chegar a este destino feliz é consequência da graça de Deus e da aceitação da graça pela criatura. È deixar que o Pai nos guie!"

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