Mocinha sofredora, galã inescrupuloso, empregada má e segredos de família: parece novela mexicana. Exagero e tramas inverossímeis e moralistas são os recursos mais facilmente identificáveis na arte do melodrama, que recebe uma homenagem à altura na paródia ‘A maldição do Vale Negro’, peça que será novamente encenada pela Cia Teatral Acto neste final de semana.

A história se passa no ano da graça de 1834, no Vale Negro, província de Castelfranc, um lugar cercado de mistérios, segredos e maldições. Numa ambientação sombria, envolvido por densa floresta está o Castelo dos Belmont onde a perversa Ágatha envenena lentamente seu patrão, o velho Conde Maurício. O conde, à beira da ruína, tem seus bens hipotecados ao Marquês D´Allençon que deseja a mão da donzela Rosalinda, sobrinha do Conde. Expulsa do castelo pelo tio, Rosalinda encontra os ciganos Vassili e Jezebel, que a ajudam desvendar os mistérios da família.

A trama criada com maestria por Caio Fernando Abreu e Luiz Arthur Nunes será reapresentada pela Cia Teatral Acto, nos dias 30 e 31 de maio, às 19 horas, no auditório do Centro Social, Cultural e Educacional São José. A peça, que terá entrada franca, estreou em novembro de 2014.

A novidade desta edição é o uso de espaços diversos do Centro São José como ambientação da peça. O figurino mescla peças originais garimpadas em lojas especializadas, além de trajes desenvolvidos e confeccionados especialmente para a montagem. Entre os adereços e cenário, peças antigas como candelabros e outros objetos, que foram adquiridos em antiquários no Uruguai e obtidos em acervos pessoais.

Os ingressos para assistir à peça são gratuitos, porém limitados, e devem ser retirados com antecedência junto aos integrantes do grupo, ou pelos contatos da companhia: [email protected] e 9924.8998.
A Cia Teatral Acto tem o financiamento da Prefeitura Municipal de Garibaldi, através da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e do Fundo Municipal de Cultura.