Após a leitura no final da tarde desta segunda-feira, 04/05, da sentença que condenou Alexandre Augusto Kulnig de Bragança Soares de Souza a 15 anos de prisão, em regime fechado pela morte de Carolina Ducati, em 2005, a reportagem da Rádio Garibaldi conversou com as partes envolvidas no processo.

Alexandre tem o prazo  de cinco dias para recorrer da decisão. O juiz possibilitou que ele recorresse em liberdade por considerar que o rapaz cumpriu prisão preventiva e sempre manteve bom comportamento durante o processo.

O juiz Gerson Martins da Silva explicou que os jurados acolheram a qualificadora de meio cruel utilizado pelo réu para a prática do crime. Já o promotor, Paulo Manjabosco, que atuou na acusação, disse que a pena está dentro dos padrões jurisprudenciais. Na tese, o promotor sustentou de que o acusado tinha condições  de evitar o que aconteceu.

Por fim, os advogados de defesa Marcos Eberhardt e Alexandre Wunderlich, anunciaram após a sessão de juri que encaminharão recurso ao Tribunal de Justiça do Estado.  Eberhardt afirmou que irá recorrer da decisão  até a sexta-feira e apresentará três pedidos para sustentar a anulação do júri ou redução da pena. A defesa argumentou que não recorreria do júri, caso os jurados reconhecessem a tese defensiva de semi-imputabilidade, e assim atenuando a pena.

Na visão da defesa, o réu teria agido em surto psicótico grave e devido esta perturbação não estava em condição total de evitar o ocorrido.  Essa linha, segundo o advogado, foi diagnosticada pelos médicos que deram os seus testemunhos no processo.  Outros dois argumentos, conforme a defesa, é de que a pergunta aos jurados não teria sido bem elaborada e houve equívoco na determinação da pena.

O júri popular foi acompanhado por familiares do réu e da vítima e de estudantes de direito e demais pessoas da comunidade.

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