Em meio a Expointer, Sindicato de Engenheiros afirma que redução de pessoal e orçamento tem prejudicado trabalho de extensão rural realizado pela Emater
Baixar ÁudioNo Rio Grande do Sul, em que 80% dos estabelecimentos rurais se enquadram na categoria de agricultura familiar e respondem pela produção de 70% dos alimentos, incluindo frutas, verduras, leite, e grande parte do cultivo orgânico, a Emater é o órgão oficial do RS responsável por oferecer a esses produtores assistência técnica e extensão rural e social, voltado principalmente para o pequeno produtor, agricultura familiar que ajuda, entre outros benefícios, a combater o êxodo rural. Pois o Sindicato dos Engenheiros (SENGE-RS) alerta que o trabalho pode estar em risco tendo em vista a falta de pessoal e a queda significativa de orçamento.
“Com orçamento em 2022 proporcionalmente inferior ao de 15 anos atrás, a Emater corre risco de não conseguir atender e prestar o serviço necessário. Não se trata de um simples órgão estatal, pois ela tem um trabalho importantíssimo que vai além da propriedade rural e considera os quesitos ambientais, econômico, social, apoio à formação e estruturação de cooperativas, apoio a inserção em mercados, apoio à gestão entre outros. Os sucessivos cortes no orçamento ano após ano, estão estrangulando a Emater que assim não conseguirá prestar seu serviço adequadamente. É o tipo de política equivocada que os últimos Governos insistem em levar adiante. São essas opções governamentais que acabam gerando mais desemprego, violência e outras mazelas”, destacou na Expointer o presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferrreira.
De acordo com o dirigente, a Emater, que já contou com 2.500 servidores, agora não possui mais que 1.700. A falta de pessoal e a redução drástica no orçamento e na estrutura do órgão são questões que preocupam Ferreira.
A Emater atende agricultores familiares, quilombolas, pescadores artesanais, indígenas, assentados, totalizando um contingente superior a 200 mil famílias nos 497 municípios do RS.
Já o censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017 e divulgado em 2019, o mais recente disponível, mostra que 80% dos estabelecimentos rurais no Rio Grande do Sul se enquadram na categoria de agricultura familiar.
(entrevista em ouça a notícia)
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