Produtores contabilizam estragos causados pela geada
Em alguns casos, viticultores perderam 100% da produção
O início desta semana é de muita tristeza pelo interior dos municípios da Serra. As madrugadas de sábado e domingo, 12 e 13/09, trouxeram muito frio, e com ele, a geada que acarretou em grandes prejuízos para os vitivinicultores e produtores de outras frutas.
Como o mês de agosto foi de calor atípico e acima da média para esta época do ano, os parreirais já estavam em pleno processo de brotação. Com isso, as geadas em sequência acabaram comprometendo toda a produção logo no início. Nos próximos dias, estes parreirais afetados voltarão a apresentar nova brotação, porém sem uva, ou na melhor das hipóteses, de 20 a 30% de uma produção normal. Variedades precoces que já estavam em pleno processo de produção, como Bordô, Concord e Niágara foram as mais afetadas, o que influenciará diretamente na produção de sucos, mercado que cresce a cada ano.
A Rádio Garibaldi esteve na manhã desta terça-feira, 15/09, na comunidade de Marcorama, uma das mais atingidas pela geada. Existem produtores da localidade que perderam 100% da produção. Praticamente todos tiveram algum prejuízo. A reportagem da emissora esteve na propriedade de Jair Bortolini. Segundo ele, o prejuízo em seus parreirais deve chegar a 75%. O trabalho agora é de tentar tirar um pouco dos brotos queimados.
Quem também falou sobre o tema foi o chefe da Emater de Garibaldi, o técnico agrícola Vanderlei Cercatto. Ele destacou que todas as comunidades de Garibaldi foram afetadas pela geada, algumas mais, outras menos. Segundo ele, é difícil fazer uma estimativa, mas as perdas podem chegar a até mesmo 30% da produção no município. Em outros números, cerca de 7,5 a até 10 milhões de quilos de uva a menos. De 5 a 7 milhões de reais deixarão de circular no município com os prejuízos.
Confira as entrevistas com o agricultor Jair Bortolini e com o chefe da Emater, Vanderlei Cercato, no link "Escute a notícia".
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