Nesta quinta-feira, dia 4, iniciou o recebimento de uva na Cooperativa Vinícola Garibaldi. As primeiras cargas chegaram por volta das 7h, vindas de diversos municípios: Garibaldi, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul e Pinto Bandeira. As variedades neste primeiro dia também são diversas: vão desde viníferas como Chardonnay e Malvasia até americanas como Concord e Bourdeaux. Apesar da diversidade no primeiro dia, o pico do movimento ainda deve demorar, estando previsto para acontecer a partir dos últimos dias de janeiro.

E a Safra de 2024 tem se desenhado como uma das mais desafiadoras dos últimos tempos. As adversidades climáticas, causadas principalmente pelo fenômeno El Niño, tem desafiado produtores e também a assistência técnica da Cooperativa. O técnico agrícola Evandro Bosa, que acompanha os produtores da Garibaldi há mais de duas décadas,destacou que a cada semana surgem novos desafios, principalmente com a questão das doenças.

Um dos primeiros produtores a entregar uvas na Garibaldi nesta safra foi Marcos Casagrande. Ele é morador da comunidade de Nossa Senhora de Caravaggio, Monte Belo do Sul, e transportava uma carga de Chardonnay. De uma produção média de 12 mil quilos da variedade, colhida a cada ano, nesta safra ele estima colher menos de 4 mil, principalmente devido ao granizo que caiu em três momentos diferentes na sua propriedade. Para ele, outro desafio desta safra é alto custo da produção.

O presidente da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Oscar Ló, estima que a safra desse ano será um pouco menor na comparação com a safra passada. São esperados cerca de 23 milhões de quilos de uva, quatro a menos que a safra anterior. Outra novidade deste ano é que, pela primeira vez, a safra será 100% recebida através de bins, modelo de caixa que tem capacidade para 400 quilos, e que substitu as antigas caixas de 20. A transição para os bins já vinha acontecendo há algumas safras, mas esta será a primeira em que toda a uva será transportada neles.

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