Lá estava ela esbravejando a plenos pulmões, gritava e xingava todos que por ali passavam... Mandona, mas dona de uma graça infinita, mostrava contradições...

Bufou, reclamou, ralhou, sorriu e mais tantos outros sentimentos deixou transparecer numa fração de segundos... A amiga ao ouvi-la jogou as mãos sobre a cabeça, revelando indignação, mas em seguida ao seu lado seguiu; o irmão esboçou um leve sorriso, mostrando que se acostumou com seu jeito de se revelar, sacudiu a cabeça, fez sinal com as mãos que nada podia fazer... Confusos amigos iam e vinham pela sua vida, buscando compreensão.

Ela era intensa, ocupava todos espaços por onde passava. Em muitos momentos, levava alegria, pois era impossível ficar apático ao seu lado, embora se percebesse pelas suas atitudes muitas atrapalhações.

Certo tempo vestida de humildade, pôs-se à disposição de quem passava por seu caminho. Pegou-os pela mão e ajudou-os ir ao encontro do seu destino, deixando impressa sua opinião. Numa fração de segundos se emocionou com o olhar de uma criança, sensibilizando-se.

Ela era assim: instável, intensa e se dizia verdadeira. Por horas sonhadora, tranquila e próxima em outras saía atropelando com suas contradições... assim ela mostrava seus 3000 humores por minuto, deixando perplexas suas relações. Ser seu amigo era estar protegido pelo seu amor, mas também ser bombardeado pelo seu jeito de ser e ver a vida.

Nos seus rompantes jurava mudar, e mais amena ficar... Depois de muito falar, buscou recursos, pessoas e todos que pudessem lhe ajudar para um novo ser em si começar a integrar. Deixou mais leve seu andar, e a quantidade de humores precisou repensar.