Casos de hanseníase tem redução no Brasil
Pesquisadores brasileiros concluíram que quanto maior a cobertura do programa nos municípios, menor é a incidência da doença no País
A redução dos casos de hanseníase no Brasil está relacionada à melhoria das condições de vida da população, proporcionada por programas de transferência de renda, diz estudo publicado por pesquisadores brasileiros na revista PLoS Neglected Tropical Disease.
O estudo “Efeitos dos programas brasileiros de transferência de renda condicional e atenção primária à saúde no coeficiente de detecção de casos novos de hanseníase” foi realizado ao longo de oito anos (2004-2011) em 1.358 municípios, aqueles com as maiores incidências da doença e que reúnem mais de 50% de todos os novos casos diagnosticados anualmente no país. Nesses municípios, o número de casos novos caiu de 30 mil em 2004 para 19 mil em 2011.
A pesquisa, publicada em novembro de 2014, levou em conta alguns indicadores associados com a incidência de novos casos da doença, como urbanização, pobreza, analfabetismo, desemprego, número de pessoas na família e de jovens com menos de 15 anos de idade, além do índice de Gini – medida internacional de desigualdade socioeconômica. Quanto menor o índice de Gini, mais próximo o país está da distribuição mais igualitária de sua riqueza.
Ao final de oito anos de estudo, todos os índices apresentam melhorias nos municípios estudados: urbanização (61,3%, em 2011); percentual da população pobre (de 43,8 para 29,8%), analfabetismo (de 23,1 para 19,6%); desemprego (9,0 para 6,9%), número de pessoas na família (3,9 para 3,5), proporção de jovens com menos de 15 anos (34,7 para 28,3%) e índice de Gini (de 0,56 para 0,53).
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