Você está ouvindo
Tua Rádio
Ao Vivo
12:10:00
No Ponto
14:00:00
 
 

Subsídios Exegéticos, Liturgia Dominical - Ano B - 18 de julho 2021

por João Romanini

16º Domingo do Tempo Comum

Foto: Divulgação

Subsídios Exegéticos - Liturgia Dominical - Ano B

16º Domingo do Tempo Comum  

Dia: 18 de julho de 2021

Primeira Leitura: Jr 23,1-6

Salmo: 22,1-3a.3b-4.5.6

Segunda Leitura: Ef 2,13-18

Evangelho: Mc 6,30-34

 

Mc não nos informa sobre o êxito da primeira experiência missionária dos apóstolos e tampouco nos diz o que Jesus teria feito neste intervalo. Sua intenção é mostrar a estreita ligação entre a ação dos Doze e o Mestre que é o ponto de referência para seu ministério.

O v. 30, com sua breve menção sobre o retorno dos apóstolos, se relaciona com o relato da missão.  É o único caso no qual Mc denomina os Doze como apóstolos. O seu status de ser-estado-enviado é realçado. A obra e o ensinamento dos enviados, “tudo o que tinham feito e ensinado”, se refere a 6,12s.

Em 1,35.45 encontramos o retiro a um lugar solitário como motivo redacional. Também a multidão que acorre (6,33), pode ser considerada frequentemente como uma preocupação do evangelista (2,2; 3,7s.20; 4,1s). O fato de eles não encontrarem tempo para comer é uma anotação que havia sido feita de forma introdutória em 3,20 a propósito de Jesus e de seus discípulos.

Segundo Mc, a partida a um lugar solitário tem sua origem na intenção de Jesus de procurar para os discípulos um pouco de refresco e repouso. Este gesto muito humano encontra em Mc uma explicação típica: eram tantas as pessoas que acorriam que eles “não tinham tempo nem de comer” (v.31). A solicitude de Jesus em conceder aos apóstolos um pouco de repouso é anotada só por Marcos.

Jesus e seus discípulos partem sobre a barca e são notados por muitos. A grande multidão é mais rápida que a barca e a precede (v.32). As pessoas que têm sucesso em chegar antes que a barca, se colocam em singular contraste com os discípulos que, na barca, não conseguem preceder Jesus (cf 6,45s).

O v. 34 fazendo referência ao ensinamento de Jesus, subordina a misericórdia de Jesus ao seu ensinamento. Descendo da barca, Jesus se dá conta da grande multidão. A sua misericórdia é mais que uma simpatia humana. Como no Antigo Testamento, a misericórdia é uma qualidade de Deus. Na(s) atitude(s) de Jesus se anuncia a compaixão de Deus pelos seres humanos.

A motivação geral se serve da imagem das ovelhas e do pastor. A ideia do rebanho sem pastor foi usada frequentemente na Bíblia. Como acusação, atinge os pastores que esqueceram seu dever (Jr 23,1; Ez 34,5; 1Rs 22,17) ou faz o povo compreender a punição divina (Zc 13,7). Moisés havia providenciado a nomeação de seu sucessor “para que a comunidade de Iahweh não seja como um rebanho sem pastor” (Nm 27,17).

Relação com as outras leituras

A Primeiera Leitura e o Salmo refletem essa realidade da importância do pastoreio como imagem escatológica do Pastor que reúne e guia o povo de Deus com ensinamento, oferecendo-lhe comida. Ao tema do pastor ausente ou malvado, a liturgia contrapõe a compaixão de Jesus para com a multidão.

A observação em Mc 6,34 que Jesus começa a ensinar o povo, indica em que coisa consista, antes de tudo, a sua atividade de pastor. Assim fazendo, o milagre que vem a seguir (banquete da multidão em 6,35-44) é colocado sob uma luz precisa, o milagre é subordinado ao ensinamento e inserido nele.

 

www.subsidiosexegeticos.wordpress.com

Subsídio elaborado pelo grupo de biblistas da ESTEF

Dr. Bruno Glaab – Me. Carlos Rodrigo Dutra – Dr. Humberto Maiztegui – Me. Rita de Cácia Ló

Edição: Prof. Dr. Vanildo Luiz Zugno

 

ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA E ESPIRITUALIDADE FRANCISCNA

Rua Tomas Edson, 212 – Bairro Santo Antônio – Porto Alegre RS

www.estef.edu.br     [email protected]    facebook.com/estef

Fone: 51-32 17 45 67     Whats: 51-991 07 26 40

 

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Fátima

Enviar Correção

Comentários

Newsletter Tua Rádio

Receba gratuitamente o melhor conteúdo da Tua Rádio no seu e-mail e mantenha-se sempre atualizado.

Leia Mais