A redução de despesas aliada a uma estratégia de aumento das receitas próprias levou o município de São José dos Ausentes a alcançar uma das melhores evoluções em gestão fiscal conforme dados da Firjan apurados em 2018. Gastos com pessoal, poder de investimentos, autonomia financeira e liquidez estão entre os índices avaliados no levantamento que coloca Ausentes em segunda posição entre os que compõem a Associação dos Campos de Cima da Serra e no estado em 86 dos 497. O prefeito Ernesto Boeira (PT) destaca que uma das primeiras medidas que adotou quando assumiu o governo foi reduzir em 55% os valores das diárias e cortar gastos com telefone. Além disso foi feito um georefereciamento na área urbana que possibilitou um número maior de contribuintes pagando IPTU. O valor do imposto, no entanto, foi reduzido. No primeiro ano os agentes públicos e os cargos de confiança do município não tiveram reajuste salarial. Ernesto Boeira acrescenta que eram necessárias as medidas de contenção de gastos já no começo do mandato.

O município de Ausentes tem um orçamento de R$ 25 milhões e um percentual de 44% gasto mensalmente com a folha de pagamento. O secretário de Fazenda e Administração Everton Becker acrescenta que os salários dos servidores tem sido pagos sempre no dia 30 de cada mês e a primeira parcelo do décimo terceiro já foi quitada em julho. Everton destaca que com recursos em caixa foi possível priorizar investimentos e assegurar contrapartidas as emendas ou outras receitas externas que exigem esse procedimento.

O assessor financeiro de Ausentes Marcelo Ceron ressalta que os índices de investimentos em áreas como educação e saúde estão acima dos limites constitucionais. Durante entrevista no Temática o secretário Everton Becker informou que nos próximos dias iniciarão as obras de revitalização da avenida Ismenia Batista Velho. Serão feitas obras para colocação de asfalto e saneamento. Além disso já está firmada uma parceria para a abertura no município de um cartório de registro civil. O IFGF é o Índice Firjan de Gestão Fiscal e analisa as contas da cidades brasileiras levando em conta quatro indicadores: autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos.