Foguetes com estampido seguem causando problemas para pessoas com autismo e também para os animais
A discussão sobre o uso de foguetes com estampido sempre aumenta especialmente após as festas de fim de ano, quando pessoas que possuem o espectro autista e também os animais sofrem com o barulho forte e repentino.
A discussão sobre o uso de foguetes com estampido sempre aumenta especialmente após as festas de fim de ano, quando pessoas que possuem o espectro autista e também os animais sofrem com o barulho forte e repentino.
No Rio Grande do Sul há a lei estadual 15.366, aprovada em 2019 e regulamentada em 2020 que não proibiu a explosão dos fogos com barulho, mas determinou que as explosões são ilegais quando ultrapassam os 100 decibéis. Apesar deste movimento, a prática de estourar foguetes com ruídos ainda é bastante comum em todos os lugares.
Em Vacaria, a defensora das causas animais, Rita Zamboni, iniciou um abaixo assinado virtual para encaminhar às autoridades, pedindo maior fiscalização nos estabelecimentos que fazem a venda de fogos para evitar problemas futuros. Ela atualmente cuida de 62 cachorros, e fala que o sofrimento dos animais é enorme, tendo inclusive alguns que convulsionaram.
Já no caso dos portadores do transtorno do espectro autista, a hipersensibilidade a estímulos visuais e sonoros pode colocá-los em uma crise. A representante da Associação das Famílias Atípicas dos Campos de Cima da Serra, Ana Paula Chaves, que possui um filho autista, relatou que o barulho inesperado pode desencadear uma série de fatores no portador de autismo, e pede maior empatia da população.
A representante do Centro Regional de Referência no Transtorno do Espectro Autista, Juliana Biazus, ressalta ainda que nem todas as crianças apresentam a mesma dificuldade. Não é pelo fato de que uma não sofre, que as demais não tenham medo ou pavor de determinada situação.
Um decreto de lei do Governador Eduardo Leite de 2020 repassou para a Polícia Civil a responsabilidade de fiscalizar o volume de cada explosão de fogos de artifício no Estado. Mas isso é possível em espetáculos técnicos e não aos casos particulares e individuais.
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