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Acesso asfáltico é tema de audiência pública em Santo Expedito do Sul

por Diego Girardi

76 municípios ainda não tem acesso asfáltico

Foto: Felipe Kuhn Braun

A Comissão Especial dos Municípios Sem Acesso Asfáltico, presidida pelo deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) na Assembleia Legislativa, realizou audiência pública na segunda-feira (13) em Santo Expedito do Sul. O evento ocorreu na Casa de Cultura e debateu a pavimentação para Santo Expedito e Tupanci do Sul, que pertencem à Associação dos Municípios do Nordeste Riograndese (Amunor), e Capão Bonito do Sul, da Associação dos Municípios dos Campos de Cima da Serra (Amucser).

Durante a audiência, Sossella reiterou a importância de retirar o impeditivo de o Estado tomar novos financiamentos na renegociação da dívida com a União. “Além de ouvir a comunidade, a Comissão Especial quer pedir para que a população converse com seus deputados apoio para que esse item não seja aprovado na renegociação da dívida”, disse o presidente.

Sossella colocou que a Comissão Especial solicitará que os trechos sejam colocados como prioridade para o governo do Estado, já que os três já foram iniciados. “Também encaminharemos a solicitação da renovação de licença da obra de Santo Expedito junto a Fepam, com rebaixamento de dois morros. Nós temos esperança e não podemos nunca desanimar. Crise nós já passamos e vamos passar por essa”, destacou.

O prefeito de Santo Expedito do Sul, Jair Mendes da Silva (PP), explicou que o município luta pelo acesso asfáltico há mais de duas décadas. O trecho total a ser pavimentado é de dez quilômetros até a ERS-343. “Se cruzarmos os braços e ficarmos esperando, com certeza seremos o último. Temos que seguir sempre atentos, batendo na porta dos deputados. Vejo que está cada dia mais perto”, afirmou o prefeito.

De acordo com o prefeito de Tupanci do Sul, Genor José Marcon (PMDB), o município enfrenta dificuldades no escoamento da produção por causa da falta da pavimentação, principalmente em dias de chuva. “Nós não vamos cansar até vermos essa obra pronta. Vamos lutar sempre até conseguirmos que esse asfalto seja reiniciado e concluído”, colocou.

O relator da Comissão Especial, deputado estadual Vilmar Zanchin (PMDB), destacou que o acesso pavimentado não é apenas questão que o morador não pisa mais no barro ou não come mais poeira. “Significa postergação do progresso, da qualidade de vida, da dignidade da população”, ressaltou.

SITUAÇÃO DAS OBRAS - Representante do Daer de Erechim, engenheiro Júlio Zanella, informou que Santo Expedito do Sul possui contrato para reinício das obras com a empresa, a Bolognesi Engenharia. “No momento, a de Santo Expedito do Sul deve ser dada ordem de início em 2017”, disse.

Segundo Zanella, Tupanci do Sul também possui contrato de obras paralisado com a Bolognesi Engenharia. Trata-se de um trecho com pouco mais de 18 quilômetros, sendo que 3,8 km já estão pavimentados. “Em 2016 foi executada a sinalização da rodovia asfaltada e aguarda agora a ordem de início para concluir o restante”, completou.

 

BATALHA CONSTANTE - Há pelo menos cinco legislaturas a Assembleia Legislativa tem analisado o tema em Comissões Especiais. Em 2007, eram 124 municípios sem asfalto, número reduzido para 104 em 2010. O governo anterior, impulsionado pelo acréscimo de R$ 100 milhões conquistado pela Comissão Especial dos Municípios sem Asfalto junto ao empréstimo do BNDES em 2011, acelerou a conclusão de vários trechos.

Atualmente, são 76 municípios gaúchos que ainda batalham pela pavimentação asfáltica. A primeira audiência pública deste ano da Comissão ocorreu em Amaral Ferrador, seguida por Sede Nova, Pirapó, Montauri e Ponte Preta. Os encontros também acontecerão em Dois Irmãos das Missões e Pinhal Grande.

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