Agosto Lilás: Vacaria registrou cerca de 600 casos de violência contra mulheres entre janeiro e julho de 2023
Baixar ÁudioPromotora de justiça demonstra preocupação nos casos onde os filhos são os agressores e as mães são as vítimas
Foto: Tua Rádio Fátima
O Agosto Lilás foi sancionado em 2022 pelo Governo Federal como forma de conscientização para o fim da violência contra a mulher. Durante todo o mês de agosto, as cidades brasileiras evidenciam as suas ações para que os índices diminuam.
Mas afinal, o que é considerado violência? De acordo com a Organização Mundial de Saúde violência é uso de força ou poder de ameaça contra si, contra outra pessoa ou grupo que cause sofrimento, morte e dano psicológico, por exemplo.
Para quem pensa que violência doméstica acontece só em grandes centros está muito enganado. Esses casos estão mais próximos que imaginamos. Em Vacaria, entre os meses de janeiro e julho de 2023, foram registradas 600 casos de violência contra mulher, sendo que 300 destas vítimas já tem medidas protetivas.
A promotora de justiça, Bianca Accioly de Araújo concedeu entrevista à Tua Rádio Fátima e destacou que os dados são, de fato, alarmantes. Para ela o mais preocupante são os significativos casos onde os agressores são os próprios filhos e as vítimas, muitas vezes, além da agressão física sofrem agressão patrimonial.
Vale destacar que além da violência física, existe a violência moral que é quando a vítima sofre qualquer ato de calúnia, difamação ou injúria. A violência psicológica que causa dano emocional; a violência sexual que é quando a mulher é constrangida a manter relações indesejadas; a agressão política quando a vítima é restringida aos seus direitos no período eleitoral e em funções públicas.
Ainda existe a violência patrimonial, que é exemplo em que a promotora trouxe em sua fala durante a entrevista, quando a mulher retidos pelo agressor os seus bens de valores, objetos e recursos econômicos, muitas vezes destinados para suas necessidades básicas.
Casos de violência contra mulher podem ser denunciados através dos fones 190 da Brigada Militar e 181 da Polícia Civil. A denúncia é anônima.
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