O noticiário internacional está voltado nos últimos dias para o conflito que ocorre entre Rússia e Ucrânia. Nesta sexta-feira, 04/03, já ocorre o nono dia da invasão russa ao território ucraniano. E conforme os especialistas, a guerra está longe de acabar.

Durante o programa Temática, foram ouvidos dois vacarianos que conhecem de perto a tensão local. A jornalista Carolina Padilha que morou três meses em Kiev, capital da Ucrânia quando realizou um intercâmbio e o educador físico, Tiaraju Orsi que atualmente reside em Moscow, capital da Rússia.

Tiaraju afirma que ainda consegue seguir a rotina normal, mas que o sentimento da população russa está dividido. É nítida a mudança no humor das pessoas com toda a situação que está ocorrendo, especialmente porque muitas famílias tem integrantes das duas nacionalidades.

Ele acrescenta que a moeda russa (Rublo) desvalorizou cerca de 30% desde o começo da guerra, após as sanções que o país sofreu. O que pode acarretar em uma crise financeira nacional caso a situação perdure por muito tempo.

Já Carolina que realizou o intercâmbio em 2013, afirma que desde aquela época, os ucranianos já falavam a respeito de uma possível invasão, independente de ser russa ou não. Ela fala que nas residências ou locais como restaurantes e agências bancárias, todos possuíam bunkers para proteção imediata em caso de algum ataque.

A tensão entre Rússia e Ucrânia se arrastava por muitos anos, em função de motivações políticas, econômicas e culturais. A aproximação ucraniana com o Ocidente é vista com desconfiança pela Rússia, que teme a perda de uma importante área de influência.