Uma das dificuldades verificadas nas escolas é a chamada distorção idade/série, ou seja, alunos que por alguma situação foram reprovados e não conseguem acompanhar o ritmo das aulas. Para corrigir essa situação a secretaria de Educação de Vacaria, SMED, criou um projeto piloto na escola dom Henrique Gelain. Intitulado de Virando a Página a iniciativa reúne dois professores e uma turma composta por 18 alunos que foram avaliados em situação de distorção da idade/série. Estes alunos do sexto ano foram retirados de suas turmas e passaram a ter conteúdo intensivo para que em um período de um ano e meio consigam a concluir o Ensino Fundamental.

A coordenadora pedagógica da SMED professora Silvana Longhi explica que os resultados até agora obtidos são satisfatórios. O projeto teve início no mês de agosto. De acordo com a professora são os mais variados motivos que levam os alunos a distorção idade/série.

A professora Márcia Rockemback é uma das que atua no projeto na escola dom Henrique Gelain. Ela é a responsável pelas disciplinas de Português, Ciências e Geografia. Já a professora Marceli Barbosa leciona as demais. Márcia destaca que um dos focos é o desenvolvimento da escrita e da intepretação. Ela ressalta que no começo houve apreensão tanto por parte dos professores como dos alunos mas agora a aceitação tem sido positiva. A professora Silvana Longhi relata que um dos objetivos do projeto é também elevar a auto estima desses alunos fazendo com que ocorra uma melhor inserção tanta na escola como na sociedade.

Um dos projetos de fortalecimento da educação que vem sendo desenvolvido na escola Nabor Moura de Azevedo é o Colibri. Os alunos das séries iniciais com dificuldades de aprendizagem recebem um reforço no contraturno. De acordo com a supervisora da SMED professora Jaqueline Ferreira de Lima são desenvolvidas práticas pedagógicas diferencidas das que ocorrem no turno normal para que as dificuldades possam ser resolvidas. Atualmente 35 alunos de primeiro a quarto ano estão participando do projeto. Ela acrescenta que em maio quando se iniciou o projeto foi realizado um diagnóstico das demandas que deveriam ser atendidas.

A supervisora escolar Nilva Michelon salienta que o índice dos alunos que chegam ao quarto ano sem saber ler e o básico de matemática é muito alto. As estatísticas mostram que entre 28% e 30% dos alunos em todo o Brasil estão neste cenário. Um dos motivos seria a não retenção nos três primeiros anos. Os alunos que tem alguma patologia que interfere na aprendizagem são atendidos na sala de recursos. Os demais que não estão conseguindo obter bom desempenho são os que participam do projeto Colibri no espaço pedagógico. A professora Raquel Pereira é a responsável pela execução do projeto de segunda a quarta-feira das 08h30 às 11h. Os pais precisam assinar um termo de compromisso de levarem os alunos no turno da manhã na escola.

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