Emater/RS-Ascar contabiliza perdas provocadas pelas chuvas no RS
Volume de chuva foi um dos principais problemas
As fortes e intensas chuvas ocorridas nos últimos períodos no Rio Grande do Sul impactaram de forma negativa a produção primária. De acordo com levantamento feito pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar, as atividades mais afetadas foram as produções de hortigranjeiros, de trigo e da produção leiteira. O levantamento foi realizado entre os dias 23 e 24 deste mês e levou em conta informações das áreas rurais de 80 municípios mais atingidos, dos quais 18 decretaram estado de emergência.
Na produção de grãos, a cultura com maior impacto é o trigo. Mesmo assim, apenas 5% do total estimado para esta safra, 46 mil hectares, tiveram algum tipo de dano com relação à erosão de solo e perda de insumos (sementes, adubos, etc.), causada também pela erosão do solo.
Na pecuária, a atividade mais prejudicada foi a produção de leite, afetando em torno de cinco mil produtores de leite no RS. Durante o período de 22 dias, 310 mil litros diários de leite não foram coletados, por problemas de escoamento ou por estresse animal (diminuição na produção).
No tocante à infraestrutura desses 80 municípios mais atingidos pelas chuvas, 286 comunidades rurais tiveram problemas com o escoamento da produção, com 4.650 km de estradas afetadas. Além disso, 595 construções e instalações (casas, galpões, etc.) tiveram algum tipo de dano e, nesse período de chuvas, 872 famílias ficaram sem acesso à água potável.
Cabe salientar que são números preliminares de apenas 80 municípios que sofreram os maiores impactos pelo excesso de chuvas. À medida que as culturas e outras atividades evoluam, os números sofrerão modificações segundo as condições meteorológicas.
Nossa expectativa é que os próximos períodos sejam favoráveis para o desenvolvimento das culturas, em especial as da safra de inverno, analisa o presidente da Emater/RS, Clair Kuhn. Conforme o levantamento da Emater/RS-Ascar, a produção de leite foi severamente afetada. "As pastagens ficaram bastante comprometidas e isso se refletirá ainda na produção a médio prazo, disse Kuhn. O presidente da Emater/RS destacou ainda que os técnicos da Instituição estão a campo para verificar os estragos causados pelas chuvas e sugerir a solicitação do seguro Proagro, quando for o caso. A Instituição é responsável pela elaboração dos laudos que comprovam os prejuízos.
O levantamento foi encaminhado para o grupo de emergência da defesa civil, que está avaliando os dados para definir ações de ajuda, ressalta Tarcisio Minetto, secretário estadual de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo.
Emater
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