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Presidente da Fetag faz avaliação do Plano Safra anunciado nesta terça-feira

por Aldoir Santos

Pela primeira vez na história, está incluído no plano o valor de R$ 500 milhões, destinado para construção ou reforma de moradias de pequenos agricultores

Presidente Carlos Joel da Silva classificou o plano como razoável (foto: arquivo/divulgação/Regina Lemos)
Foto: Divulgação

Na manhã desta terça-feira (18), em Brasília, o Governo Federal anunciou o Plano Safra 2019/2020. O evento, que contou com a presença do Presidente da República Jair Bolsonaro, e da Ministra da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina, trouxe o anúncio de todos os valores destinados ao plano. No total, o governo destinou R$225,59 milhões para grandes e médios produtores e para a agricultura familiar. 

De acordo com o governo, os produtores beneficiados com o Pronaf terão R$ 31,22 bilhões à disposição. Os recursos para custeio, que podem ser destinados à produção de alimentos básicos como arroz, feijão, mandioca, trigo, milho, leite, frutas e hortaliças, e para investimento destinados para recuperação de áreas degradadas, cultivo protegido, armazenagem, tanques de resfriamento de leite, energia renovável, dentre outros, terão juros de 3% ao ano, sendo que o Pronaf Mais Alimentos permanece com taxa de 4,6 ao ano. 

Pela primeira vez na história, está incluído no plano o valor de R$ 500 milhões, destinado para construção ou reforma de moradias de pequenos agricultores, que seriam suficientes para a construção de 10 mil casas. O valor máximo por beneficiário é de R$ 50 mil, com taxa de juros de 4,6 ao ano. 

Para o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, o Plano Safra 2019/2020 “é considerado razoável, já que atende necessidades dos produtores, desde que seja aplicado em sua totalidade. Porém, houve aumento dos juros, o que acaba elevando os custos, o que não é positivo para quem produz”. Joel considera importante a inclusão dos recursos para habitação rural, antiga reivindicação da FETAG-RS e dos sindicatos da agricultura familiar, assim como o aumento de recursos para o seguro agrícola, que dobrou de valor em relação ano passado. 

O presidente completa dizendo que “a não inclusão do crédito fundiário, é considerada como fator negativo na divulgação. Também esperávamos o aumento da porcentagem da subvenção por parte do governo sobre o seguro agrícola, o que também não aconteceu. Agora esperamos que as resoluções do Banco Central saiam nos próximos dias, para que no dia 1° de julho, o plano possa ser executado em sua plenitude”.

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