Fetag indignada com cortes nos programas do Estado
Campanha de vacinação inicia dia 01 de maio
Foto: Divulgação
Inconformidade com o governo do Estado. Essa foi a declaração do presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, sobre a nova redução na distribuição gratuita de doses da vacina contra a febre aftosa, que fica restrita a produtores com até dez animais enquadrados nos programas da agricultura familiar Pronaf e PecFam. “As agropecuárias não estão preparadas, vai faltar vacina e o agricultor e pecuarista familiar terá que sair em busca do medicamento. Entendemos que não é dessa maneira que se tratam as questões com a agricultura familiar. Estávamos em tratativas com o governo, o qual dizia em seu discurso, inclusive em reunião na Fetag, que era necessário aumentar os impostos para continuar garantindo os programas, inclusive os específicos da agricultura familiar. Aumentaram os impostos, o governo obtém uma liminar que garante a renegociação da dívida com a União com índice de juros menores, o que dá um fôlego, e, mesmo assim, segue cortando os nossos programas”, lamenta o dirigente.
O pior dentro deste contexto, destaca Joel, é que não há garantia de continuidade no Programa Troca-troca de Sementes, embora o governo afirme para a direção da Fetag, e isso em mais de uma oportunidade, que os programas voltados à agricultura familiar são prioridades. E o que se vê não é nada disso. “No ano passado, o Troca-troca, para se colocar em prática, foi uma verdadeira novela. Até hoje as sementeiras não receberam os recursos para garantir o próximo, ao mesmo tempo, no caso das forrageiras, muitos sindicatos e cooperativas ainda não receberam os recursos, apesar de terem garantido o programa. Então, está insustentável para a Fetag continuar tratando com um governo que diz uma coisa e faz outra”, enfatizou.
Convém lembrar, continua Joel, que a agricultura e pecuária respondem por 45% do PIB e que o retorno para esse setor, por parte do poder público, é muito pouco pela importância que tem. “Deixar de investir na agricultura é um erro, pois o segmento responde de forma rápida e move a economia como um todo”, disse.
Nos dias 19 e 20 de abril, a Fetag tem reunião com seus coordenadores das 23 Regionais Sindicais e Joel adianta que será discutida a redução da vacinação e os demais programas voltados à agricultura familiar. Na pauta do dia estará a relação governo do Estado-Fetag, a partir das dificuldades enfrentadas para a manutenção dos programas existentes. “Cresce a necessidade de organizar um Grito da Terra muito forte para mostrar que não aceitaremos perder as conquistas alcançadas nos últimos anos”, completa.
Fonte:Fetag
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