Milhares de trabalhadores de diversas partes do país movimentam a colheita da safra da maçã
Equipe da Tua Rádio acompanhou a rotina das pessoas que cruzam o país para levar o sustento às famílias
A colheita da safra da maçã movimenta o mercado de trabalho em Vacaria. A Agapomi (Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã) estima que mais de 12 mil trabalhadores de diferentes regiões do país estão no município para trabalhar.
Somente na Rasip são mais de duas mil pessoas colhendo a fruta. A equipe de jornalismo da Tua Rádio Fátima esteve em um dos pomares da empresa acompanhando o dia a dia dos trabalhadores. Rapidamente foram constatadas pessoas de inúmeras cidades do Brasil.
Um deles é o Márcio, natural de Abelardo Luz/SC, que trabalha há 25 anos na Rasip. Ele começou como estagiário, formou-se como técnico em agropecuária e foi evoluindo de cargo, sendo agora um facilitador de colheita. Ele afirma que está há tanto tempo na empresa em função das boas condições que recebe e também sobre as oportunidades de crescimento que teve.
Natural de Santa Amélia/PR, Adriano da Silva, vem a Vacaria trabalhar há 10 anos. Ele fala que a colheita da maçã é a oportunidade de reunir dinheiro para pagar contas importantes em casa ou até mesmo reformar ou adquirir novos produtos.
O indígena Laudecir Rodrigues de Tacuru/MS, acrescenta que são mais de 300 índios que estão na cidade para a colheita da maçã. Ele também fala que essa época do ano é a chance de conseguir arrecadar uma boa verba para levar de volta para a aldeia.
Em função da falta de mão de obra local e até mesmo nos estados mais próximos, as empresas estão buscando trabalhadores até no nordeste. Como é o caso de Zenilton José dos Santos, natural de América Dourada/BA. Com ele, vieram outras 42 pessoas. Zé, como é chamado, ainda não se adaptou ao clima, mas disse que o trabalho é bom e a empresa oferece as melhores condições. Em outra época do ano ele e a turma seguem para Minas Gerais na colheita do café.
A colheita da maçã, na variedade gala, está em andamento e seguirá até pelo menos a primeira quinzena de março.
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