Presidente da Cooperval afirma que uso do 2,4D dentro das normas não causa danos à outras culturas e ao ser humano
Angelo Pegoraro foi o convidado do programa Temática desta terça-feira, 09/02
Um assunto que vem tomando conta do noticiário nas últimas semanas é quanto ao uso do herbicida 2,4-D por parte de produtores nos Campos de Cima da Serra.
O 2,4-D é um dos principais aliados dos produtores de soja no combate às plantas daninhas. Mas, no Rio Grande do Sul, o defensivo está no centro de uma polêmica, sendo acusado por fruticultores de provocar prejuízo a suas plantações.
Existe uma normatização com os cuidados necessários que se deve ter em relação ao uso para evitar a deriva do mesmo. Que pode causar sérios danos à culturas mais sensíveis como a maçã, a uva e o pêssego, sem contar a nocividade em relação a saúde do ser humano.
O presidente da Cooperval, Angelo Pegoraro, participou do programa Temática desta terça-feira, 09/02, para fazer o contraponto em relação ao que já foi manifestado pela Agapomi (Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã) e também pelo Ministério Público em relação ao tema.
Pegoraro afirma que em conversas com grandes fruticultores do município, nenhum deles confirmou ter problemas em relação a deriva do 2,4-D. Ele fala que o produto é liberado para venda pelas autoridades sanitárias, e que ninguém está defendendo o produtores que realiza o mal uso do herbicida, tendo em vista que se ele for aplicado de forma correta, não apresenta problema para outras culturas nem para as pessoas.
O Ministério Público já notificou e está buscando acordo com produtores que compraram o 2,4-D, aqueles que não aceitam já estão sendo multados. A própria Cooperval já foi multada em R$150mil. A assessoria jurídica da cooperativa também participou do programa.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural instituiu canais de denúncia exclusivos para a ocorrência de derivas do 2,4-D e outros agrotóxicos hormonais em culturas sensíveis como macieira, videira, oliveira, nogueira-pecã, erva- mate, tomate e hortaliças.
O produtor rural que presenciar as irregularidades poderá formalizar a denúncia pelo e-mail [email protected] ou pelo WhatsApp, (51) 98412-9961.
Importante lembrar que não está proibida a aplicação dos produtos agrotóxicos hormonais, inclusive os produtos com ingrediente ativo à base de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D), desde que atendidas as exigências normativas para aquisição e utilização dos referidos produtos.
Para evitar a deriva, a aplicação de agrotóxicos hormonais deverá respeitar as seguintes condições meteorológicas: Velocidade do vento entre 3 e 10 Km/h; Umidade relativa do ar superior a 55%; Temperatura ambiente menor que 30ºC.
Comentários