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Emater/RS-Ascar estima 1,431 milhão de toneladas de trigo para esta safra

por Guilherme Vieira Faccioli

O retorno das chuvas nas principais regiões produtoras de trigo propiciou o avanço significativo na implantação da cultura no Estado

Na última semana de maio, a Emater/RS-Ascar finalizou o Primeiro Levantamento de Intenção de Plantio para a Safra do Trigo 2018. Os números indicam uma redução de 3,35% em relação à safra passada, quando, segundo o IBGE, foram cultivados 691.553 hectares, passando para 668.395 hectares este ano. Considerando uma produtividade média de 2.142 kg/ha, calculada a partir das produtividades médias das últimas dez safras, a produção total a ser alcançada seria de 1,431 milhão de toneladas. Isso significa um aumento de 16,71% em relação ao ano passado, quando o RS colheu apenas 1,226 milhão de toneladas, devido à baixa produtividade registrada (1.777 kg/ha). Esse primeiro levantamento foi realizado em 282 municípios gaúchos, abrangendo 97% da área de produção do Estado.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (07/06), o retorno das chuvas nas principais regiões produtoras de trigo propiciou o avanço significativo na implantação da cultura no Estado. Na região de Ijuí, por exemplo, o plantio está muito avançado e o percentual alcança pouco mais de 50% do previsto para esta safra. Na região de Santa Rosa, também importante produtora, a evolução do plantio segue a contento e atinge metade da área prevista para 2018. Em termos estaduais, o percentual é estimado em 30% para esta semana, ficando dentro da média dos últimos anos, que é de 33% para o período. As lavouras semeadas apresentam excelente emergência, com uniformidade de stand e desenvolvimento inicial rápido.

Feijão 2ª safra – Após a falta momentânea de diesel em decorrência da greve nacional, os agricultores retomaram a colheita, mas com redução de trabalho no período. O produto que resta (9%) se encontra pronto para ser colhido. A produtividade ainda está dentro do parâmetro de aproximadas 27 sacas por hectare. A qualidade dos grãos é considerada muito boa, e a comercialização voltou à sua normalidade.

FRUTÍCOLAS
Citros - Depois do fim da paralisação, a colheita e o comércio de frutas voltaram à normalidade. Técnicos têm verificado que os preços recebidos pelos citricultores não tiveram impacto da comercialização, ou seja, não houve elevação dos preços. Pelo contrário, houve forte redução em relação aos preços recebidos antes da interrupção da colheita. Isto se deve à época, pois a maturação das frutas cítricas precoces foi acelerada pelos dias frios que não estavam ocorrendo, e que agora têm acelerado a colheita e colocado maior volume de frutas no mercado. Além disso, as frutas que já estavam colhidas e sendo armazenadas em câmaras frias também foram ofertadas, inundando o mercado com frutas cítricas e derrubando os preços.

Morango - Em decorrência do clima favorável, inicia-se na região do Vale do Caí a retomada da produção daquelas áreas em ambiente protegido, em que as mudas foram mantidas para um segundo ciclo produtivo. Muitos agricultores finalizaram o plantio e outros ainda estão aguardando a chegada de lotes de mudas importadas da Argentina e do Chile. A produção atual é baixa, e os produtores estão satisfeitos com o preço do morango, em média entre R$ 3,00 e R$ 4,00/cumbuca. A greve dos caminhoneiros e a falta de combustível nas cidades não chegaram a prejudicar a colheita porque quem tinha produção realizou entregas nos mercados mais próximos, garantindo a venda, uma vez que a procura pelo morango já começa a ser mais intensa.

CRIAÇÕES E PASTAGENS
Pastagens - Com o retorno da umidade, há boa rebrota do campo nativo e está favorecida a germinação do banco de sementes de azevém que se encontra no solo. No entanto, devido à queda das temperaturas e à formação de geadas, em alguns locais a pastagem começa a apresentar aspecto mais fibroso, com redução da taxa de forragem e diminuição da qualidade. Por isso, a partir dessa época é importante o fornecimento de sal proteinado, para suprir a deficiência de proteína devido à redução da qualidade das espécies forrageiras do campo nativo. Em vários municípios há pastagens de braquiárias, que ainda estão apresentando um bom aporte de massa verde. 

Piscicultura - Na região de Erechim, está encerrada a recuperação e o repovoamento dos tanques. Com o advento do frio, a atividade entra em período de latência; peixes comercializados entre R$ 8,00/kg (carpa inteira) e R$ 25,00/kg (filé de tilápia); preço estável na semana. Na região de Santa Rosa, continuam o manejo dos tanques com peixes e o preparo dos açudes que deverão receber alevinos. O preparo ocorre mediante a fertilização e desinfecção dos tanques e o manejo visando à qualidade da água para o repovoamento com o policultivo de carpas. Produtores estão encomendando alevinos para repovoar os açudes. Devido à greve dos caminhoneiros, a entrega de alevinos prevista para a semana passada foi suspensa, sendo reprogramada para esta semana.

Apicultura - Os apicultores estão preparando as colmeias para a chegada do inverno, fazendo a retirada das melgueiras e a inclusão dos redutores alveolados. Alimentação artificial das abelhas e roçadas são algumas práticas em andamento. O período é de pouca florada, baixa luminosidade e baixas temperaturas, reduzindo o trabalho das abelhas. Apicultores seguem em processo de manejo alimentar de inverno, fornecendo os “bifes”, suplemento artificial proteico à base de farelo de soja, mel e açúcar. Fim do período de colheita.

Com relação à meliponicultura, inicia-se o período crítico para as abelhas sem ferrão, pois há necessidade de aporte de alimento e verificação dos enxames, principalmente de espécies como Mandaçaia e Jataí, para certificação do desenvolvimento do enxame e monitoramento com relação ao ataque de abelha limão, o que émais frequente nesse período.

Fonte: Emater

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