Um fazer que é só meu
Tem coisas que não sei se faço certo ou errado, mas simplesmente as faço. Faço num impulso, faço pensando, faço devagar, faço depressa. Elas nascem em mim de diversas maneiras, com as mais variadas construções.
Ao fazê-las, quero descobrir se devia ter dito ou feito. Também se fiz direito ou se poderia ter agido diferente. Recriminações internas ficam a borbulhar, atormentando meu ser. Me remetem ao desconforto de acreditar que existe um só certo e um só errado, e isso vem me confundir. Na procura desse certo/ errado me atrapalho e fico a me questionar.
A palavra que sai, o gesto que se efetua, o sentimento que fica... preciso encontrar maneiras de me acolher diante dessas imposições.
Aos poucos compreendo que naquele momento, ou seja, na hora da decisão fiz o que queria, ou deveria fazer, de acordo com minha construção até ali. Se é assim que enxergo, por que preciso constantemente me recriminar ou achar justificativas para o meu modo de pensar e agir?
Nesse sentido, me construo num fazer que é só meu, e assim me refaço constantemente, à procura do meu certo, do meu aperfeiçoar e do meu continuar...
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