Sou uma boa mãe para mim?
Este é o novo questionamento que me confronto. Acredito que é para mim e para muitas mulheres que assim como eu, em determinado momento, precisam olhar para si e perceber que cuidam mais do outro do que de si mesmas. E falo no sentido profundo do cuidar-se... Aquele que não tem meias verdades, partes de vontade... Aquele intenso, verdadeiro, profundo cuidar-se.
Aquele que apesar de aparecer resquícios de dor cicatrizada, ou em aberto - sangrando, seguem em construção. No cuidado - com olhar atento para si mesmo...
Dessas mulheres que buscam atender as expectativas dos que a rodeiam e esquecem que os desejos do outro a ele pertencem. Aquelas que necessitam virar o espelho para si. Que não se enxergam como ser necessitado de cuidados, só como alguém sempre disposto a auxiliar.
Esquecem de si e não se colocam como importante na sua vida. Colocam-se significativamente para ajudar o outro sentir que é parte, que tem suporte.
Reaprender, ou quem sabe aprender pela primeira vez, a se olhar e se amar com suas qualidades e defeitos é um grande desafio.
Imagens que ressaltam a memória. Seja do afago ao filho, diante da finitude, seja de gestos simples que nos abraçam em momentos difíceis - é a acolhida através do gesto de amor que transcende tempos e vivências, que junta histórias, abranda dores, limpa feridas...
Deixo um questionamento para você, independentemente do gênero: - Quando você é o seu maior colo - o seu colo de mãe para você mesmo?
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