Somos o resultado de nossas dores e ressignificações
Dor encapsulada, emoções tolhidas, desencontradas, retidas, cansadas que saem desenfreadas...
As emoções o faziam se encolher, se isolar, se anular...esses mesmos sentimentos voltavam, num rompante, atingindo o outro que nada tinha a ver com o que estava sendo sentindo. Que estava do seu lado e do mesmo lado... Atingia-o com a espada da insensatez. Ignorância talvez. Sem direção, e sem ser ele o motivo da imprudência produzida ...
Uma palavra, um olhar desse outro era motivo para impulsos desatinados. Assim ele seguia se encolhendo, se perdendo em si e num fervor acusativo desencarrilhava sua imprudência em cima do outro que nada tinha a ver. Foi assim até descobrir seus próprios porquês, que custaram a chegar...
Enxergar isso não foi tão simples. Mas, passo após passo, adentrou em si, procurava agora as suas próprias razões para agir daquela maneira, percepções que mereceram muitos cuidados. Quantas vezes o outro é alvo do nosso queimar por dentro, do não compreender o que acontece conosco...
Somos a soma de como nos construímos, do que nos aconteceu, da criança que segue em nós, da vida e da não vida que existiu ali dentro e no nosso entorno....
Alimentamos o resultado de nossas dores e da direção das nossas ressignificações... Ali o começar de novo, o continuar, o levantar, representam um novo ciclo a se iniciar...
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