Sem nome
Sem nome, sem religião, sem endereço, sem referência, mas com uma busca de sentido e de direção incansável, independentemente dos aprendizados já construídos e das convicções que o acolhiam naquele instante, buscava residência dentro de si. Construía sua identidade, seu jeito de ser e tudo que passava pelo seu olhar e por sua aprovação. Tudo que não tinha claramente desenvolvido voltava para si como uma força de buscar um sentido de vida.
Procurava uma referência que não havia sido desenvolvida, mas que sentia e sabia que existia em algumas pessoas e desejava ardentemente desenvolvê-la em si. Precisava agora construir a partir do que não tinha, mas forte e verdadeiramente se permitia a novos aprendizados.
Buscava, enfim, uma ânsia por encontrar respostas ainda não elaboradas, mas constantemente procuradas.
As questões pendentes representavam a procura por acolhida, pelo vínculo seguro, pela religião que não conseguiu desenvolver.
Nesse gosto de absorver o vivido e o não vivido, alimentava as esperanças e direcionava o ancorar seu barco. Almejava agora o estar seguro no seu eu profundo.
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