Recado para a alma
Brinquei com as palavras, construí um verso, dei asas para minha imaginação...
Busquei no solo sagrado, da labuta que se construía, a inspiração. O dia a dia sorvia duras e leves lições. Árduas palavras que respingam suor, dedicação e compaixão, evocam o novo dia ainda que distante.
Calei a voz. Construí com as palavras partes de vida, de intranquilidade, de esperança e de tudo que estava sendo sentido. Tudo isso por horas escondido permanecia, por outras, a mostra se rendia...
Da intranquilidade vivida, reconstruí no verso algumas despedidas. Serenei meu viver. Busquei a confiança. Tracei infinitas retas que se juntavam com as curvas da vida que eu vivia... Acalmei meu ser.
Ressignifiquei com as palavras a dificuldade de meu andar, e me pus novamente a caminhar...
As frestas de amor fluíram. O eco da luz adentrava nos lugares mais profundos em mim... As letras, as palavras e os sentimentos se juntavam, e saiam mostrando um novo lugar/estar.
Me refamiliarizei com um novo eu. Ali conseguia ser fluída, leve; no papel realmente me embalava e me deixava levar. Algo me emocionou, engasgou, fiquei embargada e me deixei conduzir...
Sorvi a esperança no verso que procurava se realocar, acalentei-a na confiança que queria um novo lugar.
Não conseguia dormir, mandei um recado para a alma, e serenei...
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