Príncipes viram sapos, sim! Sapos viram príncipes, sim!
É impactante ver os andantes da grande, pequena cidade, vestidos de reis e analfabetos de sentimentos. Como as avós falavam “o saco que está vazio vira-se de cabeça para baixo e não sai nada”. Remetiam-se elas às pessoas que aparentavam e não eram realmente o que parecia. Pode-se pensar aqui referente às emoções que acontecem em qualquer lugar e com qualquer pessoa.
Observando sapos e príncipes que se confundem pelas ruas da cidade, percebo a diferença de um e de outro; um estágio do outro.
São sapos quando o mal resolvido e os sentimentos de inferioridade de dentro deles salta e é depositado em quem está ali do seu lado. Muitas vezes vem como uma crítica ao outro do que é seu, e inconsciente o amargura ao ponto de depositar esse ranço fora dele... no outro.
Buscam se nutrir, ou melhor, sugam para se manter aparentemente fortalecidos das diferentes Iolandas, Beatrizes, Paulos e Margaretes, ou outro nome qualquer que faz parte dos seus dias.
Esquecem onde está o príncipe ou o sapo de dentro de cada um. Em momentos se mostra um, em outros instantes, é o outro que aparece.
Com atitudes sutis, príncipes e sapos se confundem, às vezes vê-se um, em outro momento está exibindo-se de outra forma, na vitrine da nossa vida. Em ocasiões é príncipe, em outras não passa de um sapo a rastejar pelo chão.
Felizes os que guardam dentro de si o príncipe. E sabem que podem ser sapo a qualquer momento. Trazem humildade e navegam nas contradições da vida, com lucidez.
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