Nossos vazios
Somos feitos de vazios, de restos, de pedaços, de partes - intensos por vezes. Que procuram outras partes que os completem, que os complementem, que os saciem, que os direcionem... Essa busca frenética por dentro e por fora caminha em nós.
O vazio que me cabe, o vazio que me resta, o vazio que me devora em certos momentos. Estou constantemente aprendendo a lidar com os meus vazios...
Vazios que aparecem, que ficam evidentes, quando nos deparamos com as sombras que seguem em nós.
Percebo que o meu vazio é diferente do seu. O que doe em mim, talvez não doa em ti, nem por isso é menor ou sem valor. Esse respeito pelo outro começa percebendo as diferenças e acolhendo as suas angústias, acolhendo o difícil do outro sem invadir, mas com respeito pelo seu espaço, pela sua história, pela sua vida.
De qualquer forma é cada um cuidando dos seus vazios, uns se afogando neles, outros oferecendo escuta, discernimento e direcionamento para eles. E quem sabe um ajudando o outro a compreender um pouco mais.
Quanto a mim, que eu os descubra um pouco mais. Que eu os desvende. Que os acolha...Que eu me acolha e transforme os meus vazios e aos poucos me preencha do que me pertence.
Experimente olhar para os seus vazios, eles podem te mostrar um novo seguir...
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