Nossos indicadores sociais
Estamos na era da informática. Isso possibilita que em questão de segundos possamos obter informações daquilo que acontece no mundo. Via internet, correios eletrônicos, telefonia móvel, têm-se acesso às informações 24 horas por dia. Entre os benefícios da informática, fomenta a procura por informações. Com essa ferramenta a pessoa pode acessar qualquer informação, como por exemplo com relação aos indicadores sociais.
Organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), têm usado o termo indicador social para avaliar o desenvolvimento dos países. A classificação é designada em três níveis: os países ricos são designados como desenvolvidos; os países em desenvolvimento, como economia emergente; e os países pobres como subdesenvolvidos. Os organismos internacionais analisam os países em muitas áreas, como a expectativa média de anos de vida; a taxa de mortalidade infantil, que corresponde ao número de crianças que morrem antes de completar um ano.
Normalmente, os indicadores sociais analisam outras áreas, como anos de escolaridade e taxa de analfabetismo, que corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem escrever; a RNB (Renda Nacional Bruta) per capita baseada na paridade de poder de compra das pessoas; a saúde, que corresponde à qualidade da saúde da população; a questão da alimentação, as condições médico-sanitárias, a qualidade de vida, o acesso ao consumo, etc. Esses estudos têm produzido um fenômeno inteiramente novo na história da humanidade, que é a constatação da verdadeira realidade de um país. De posse das informações os governos podem pensar suas políticas e recursos públicos em prol da melhor qualidade de vida das pessoas.
Então, de acordo com os índices constatados podem-se fomentar políticas públicas e criar projetos, serviços para melhorar as condições de vida. Com toda lógica pode-se dizer que um país encontra estabilidade quando seu indicador social atinge os índices satisfatórios ou próximos dos estabelecidos pelos organismos internacionais. Ao contrário, o país abaixo destes índices está em situação de instabilidade social.
Na escala de IDH de 2018 os três primeiros países foram Noruega, Suíça e Austrália. No caso do Brasil, os indicadores sociais mostram que apesar de ter subido sete posições desde 2012, e no último ranking ter ficado na 79ª posição, há três anos o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) está atrás Venezuela (78º lugar). Nosso país possui uma das piores concentrações de renda do mundo. Outro índice alarmante para o Brasil é que 6,27 milhões de pessoas foram lançadas abaixo da linha da pobreza num período de três anos. Como se não bastasse, o desemprego atingiu 12,9% dos trabalhadores. Somam-se a estes péssimos indicadores sociais que 1/3 dos jovens está fora do mercado de trabalho, sendo o pior índice entre os países da América do Sul.
Criado em 1990 pela ONU, além de mensurar o grau econômico das pessoas de um país, o IDH visa oferecer ao governo e à sociedade informações para uma melhor qualidade de vida da população. Segundo estudo da ONU, o IDH que avalia os países em uma escala de 0 a 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo. Isto significa que atualmente as pessoas não têm uma condição de vida social e humana classificada como perfeita. A razão da não obtenção dos índices estabelecidos pela ONU parte do fato da discrepante diferença econômica que existe entre as classes sociais. O Brasil possui um dos piores indicadores sociais, visto ser um país que mantém a maior desigualdade social. Logo, para um desenvolvimento humano de melhor qualidade de vida há muito por fazer no Brasil, procurando espelhar-se no que funciona melhor em países irmãos aqui da América do Sul mesmo, como Chile (44º colocado), Argentina (47º) e Uruguai (56º).
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