Olhou uma vez mais para a criança que ainda era, ela ainda batia dentro de si, no seu peito. Ela lutava para sorrir; conseguia ouvir lá no fundo do silêncio o eco das gargalhadas de outrora. Nesse impulso queria atravessar a infância…

Naquele momento só precisava que alguém pegasse na sua mão e dissesse que ia dar tudo certo. Que não estava só, queria sentir que tinha alguém com ele. Que não estava completamente sozinho e desamparado,…

Adeus ao ano que passou, às dificuldades enfrentadas, aos desafios trilhados, às glorias desejadas, à restituição reinventada, às mudanças de planos, aos improvisos presentes, ao desejo de saúde, à solidão imposta, às limitações expostas, às regras compartilhadas...…

Era hora de sair para vida, para essa nova vida que renascia constantemente em si e no outro. Nesse período em que se refazia, em verso procurava seu lugar. Hora de acordar sonhos, promover plantações, irrigar as flores, resgatar…

Ele esqueceu que quem ia seguir sempre junto dele era ele mesmo... e assim foi com a vista embaçada, o humor instável, e tudo que fazia parte dele e das suas reminiscências... Carregou consigo também seu sem valor, seu olhar…

Quantos aprendizados nos premiam grandes dores... Ou melhor, será que somos mesmo “premiados”? Ou pagamos tostão por tostão esse ampliar de consciência? Tentamos tanto assimilar, compreender o que brota das profundezas…

Naquele momento só precisava que alguém pegasse na sua mão e dissesse que ia dar tudo certo. Só queria sentir que tinha alguém com ele, ao seu lado, lhe acompanhando. Precisava entender que não estava completamente…