Chegou um momento na minha vida que compreendi o que ainda precisava fazer...a verdade impressa que era necessário resgatar. Nunca fiquei de braços cruzados, mas em certos momentos me acomodei, até porque, não sabia direito aonde ir e o que fazer. Agora, desacomodada, buscava produzir o que fazia sentido para mim, que tinha coerência interna e que fazia parte da minha vida e na do outro. Fazer o que ainda precisava realizar...

As tarefas e dificuldades vinham ao meu encontro, necessitava somente organizá-las, isso demandava energia, mas agora tinha claro meu fazer no mundo, ou melhor, no meu pequeno mundo.

Houve um tempo que perambulava em círculos, não conseguia ampliar as linhas delimitadas, nem minha direção e a conexão com os diversos fazeres...

Ficava mais forte conforme os passos se seguiam, tinha mais certeza da minha caminhada conforme andava. E cada vez, mais segura, me conduzia.

Ficava evidente que trabalharia em prol desse sentimento até o último instante da minha vida. Não era eu que decidiria quando parar, assim como não estava exclusivamente nas minhas mãos mudar de direção, de planos... As coisas simplesmente iam acontecendo. Sabia somente que neste momento muito tinha por fazer...essa foi sem dúvida a maior de todas as aventuras que vivi...sim, agora minha vida tinha alma...